Com a Lei Seca ainda mais rígida, muitas pessoas têm preferido pegar um táxi a se arriscar a cair em uma blitz. Concordo plenamente que beber e dirigir é uma combinação extremamente perigosa. Por isso, acho ótima esta legislação. Mas o que fazer quando não há uma alternativa mais segura?
Explico: fui a um casamento neste fim de semana e, por segurança, eu e meu marido optamos por ir e voltar de táxi. Confesso que só bebi uma taça de vinho (até porque estou tomando remédios). Enfim. Pegamos um táxi na volta que mais parecia um louco, furando todos os sinais vermelhos e supernervosinho. Meu marido perguntou: “você não está vendo que os sinais estão vermelhos?”. Quando o sem vergonha do motorista me responde: “eu não paro em sinais vermelhos”. Começou uma breve discussão e, por sorte, o local da festa não era tão longe de nossa casa e chegamos em segurança.
Diante do cenário, questiono: não teria sido mais seguro eu mesma voltar dirigindo, uma vez que não passei de uma taça do vinho, do que ter que colocar a minha vida diante de um motorista que tem a cara de pau de dizer que não para em sinal vermelho? E quando digo não para é não para mesmo, nem uma simples redução para ver se outro veículo está vindo.
Fica aí uma grande questão.
Thalita Guimarães