Eu venho de uma família muito doce. Minha avó fazia aqueles bolos artísticos e gigantescos que enfeitam casamentos pomposos. Meus aniversários eram sempre temáticos e viviam cheios de amiguinhos da escola – hoje suspeito que eles compareciam menos por causa de mim e mais por causa das guloseimas, mas divago.
Minha tia Dorotéia, filha da minha avó, herdou o talento e trabalha com confeitaria. Desde pequeno eu a vejo cozinhar. Quando passei a morar com ela, há 12 anos, convivi com chocolates no mármore, bolos de todos os sabores, docinhos, salgadinhos e tudo o mais que vocês possam invejar.
Ter uma tia confeiteira é realmente bacana, mas engana-se quem pensa que eu chegava em casa e me deparava com a fantástica fábrica de chocolates ou era herdeiro do Willy Wonka. Muito sábia, tia Dorotéia faz os quitutes contadinhos sob encomenda. Até sobram alguns uns brigadeirinhos, mas nada para se lambuzar tanto. É uma ilusão.
Mas é engraçado ver a reação das pessoas. “Como você não engorda? Você deve comer isso todo dia! Uau, que sorte. Que delícia.”
Os docinhos da festa de 10 anos da Talk foram feitos pelas mãos da Dorotéia e foram um sucesso, mas lá em casa não sobrou muita coisa, não.
Aqui na Talk nós devoramos os docinhos remanescentes. A Marisa ficou obcecada pelo espelhado de damasco. A Aline ficou fascinada pela trufa. O Wellingtou gostou mais do coco queimado. A Stphnny adorou o camafeu. E eu fiquei todo orgulhoso da titia.
Ah, e não passem vontade. Se quiserem encomendas e amostras, o telefone da Dorotéia é (41) 99920-5411. As encomendas de Páscoa já estão aí.
Beijos
Rodrigo