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27
jun

Eu amo a Copa do Mundo

Não há como não falar de Copa nessa época, ainda mais com esta edição que está acontecendo na nossa casa. Sim, nós temos inúmeros problemas e muitas obras deixaram de ser feitas. O maior legado que a Copa poderia deixar, que seria uma reformulação de toda a infraestrutura, principalmente das cidades sede, não aconteceu. Mas o evento está a todo vapor e com jogos emocionantes, de tirarem o fôlego. Viradas, goleadas, times que seriam teoricamente fracos surpreendendo campeões mundiais, sendo que alguns destes já até embarcaram de volta pra casa, deixando a competição mais cedo, como são os casos de Espanha, Inglaterra e Itália. Esta é a copa das surpresas.

O que não é surpresa é a nossa receptividade e simpatia com os estrangeiros que vieram pra cá. O Brasil já tem fama de bom anfitrião pela descontração e energia intrínseca na cultura do brasileiro. Eu presenciei cenas de brasileiros se apresentando e conversando com os gringos, falando sobre o país. Sobre as coisas boas no caso. Eu mesmo fiz esse papel com dois alemães que encontrei na Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo, famoso por ter diversos bares e por ser muito movimentado, principalmente nos fins de semana. Agora, no período da Copa, todos os dias lá parece Carnaval, as ruas lotam de gente de todas as nacionalidades.

Aliás, esse clima de Copa é uma das coisas que mais me fascinam. De quatro em quatro anos tenho esse sentimento, de festa, alegria. O mundo para ver o esporte mais popular e, particularmente, o que eu mais amo. Podem até dizer que é hipocrisia e que o brasileiro só é patriota em tempos de Copa. Mas não há nada mais gostoso do que sair na rua em dia de jogo na nossa seleção e ver a maior parte dos carros com bandeiras, os prédios decorados de verde e amarelo, e mais da metade das pessoas nas ruas vestindo a amarelinha. Algumas pessoas podem lutar contra a alegria e satisfação desse clima mas, pelo menos por este mês de Copa, eu vou me deixar levar por essa energia que me faz tão bem. Confesso, eu amo a Copa do Mundo.

Gustavo Scaldaferri

13
jun

Para dizer adeus

Fiquei incumbida de escrever, justamente nesta semana – a minha última aqui na Talk –, um texto para o blog. Difícil relatar todos os momentos que passei por aqui. Aprendi muito na agência, fiz amizades e conheci pessoas. No final tudo se resume aos relacionamentos que fizemos e à bagagem que levamos. Agradeço a todas as pessoas que encontrei nessa jornada. Cada uma foi importante para transmitir a pessoa que sou hoje. Não tenho medo do que deixo, pois acredito que nestes três anos dei o meu melhor. O meu legado eu levo embora, mas deixo um pouquinho de mim.

A todas as meninas queridas que ficam obrigada por tudo, pela amizade, pela parceria, pelos ensinamentos e também por aguentar os dias de TPM – trabalhar só com mulher, às vezes, não é fácil.

Hoje saio realizada e com o sentimento de dever cumprido. Obrigada a todos que compartilharam esses momentos e, com certeza, nos encontraremos pela vida, nem que seja pelo Facebook!

 Beijos e até a próxima.

 Luanda Fernandes

6
jun

Curitiba 2.0 – I love that!

Há três meses em Curitiba, algumas coisas têm me encantado mais que outras. A variedade de parques, ambientes culturais e pontos turísticos superam de longe minha pequena e singela Taubaté. Em compensação, o povo curitibano nem sempre é tão aberto ou simpático, comparando novamente com a minha cidade, onde velhinhas nos terminais oferecem ajuda mesmo sem a gente pedir, só para puxar um papo.

No último final de semana, uma manicure do salão em que fui pela primeira vez me perguntou se eu era de fora e, ao ouvir a afirmativa, ela logo emendou um “Eu sabia! Você tem boa conversa!”. Só depois entendi o que ela quis dizer com isso. Já meus amigos taubateanos, que vivem há mais tempo em Curitiba, me contaram sobre as trezentas teorias que existem para justificar tal comportamento. Mas, no fim das contas, até que tive sorte, pois até agora só encontrei curitibanos ‘com boa conversa’.

Agora, no mundo da comunicação, um exemplo que mostra exatamente como quebrar essa sisudez curitibana e até mesmo essa aridez da burocracia, tem me feito rir e amar ainda mais essa cidade que escolhi. A Prefeitura de Curitiba tem dado um show no que diz respeito à administração de suas redes sociais, com destaque para o Facebook. Esse canal mais acessível ao público e que, normalmente, recebe dezenas de reclamações referentes aos órgãos públicos ligados à prefeitura, tem mostrado como a descontração e o bom humor pode ser a chave da empatia e aproximação com seu público alvo. Essa estratégia de comunicação tem como objetivo fomentar o diálogo e a transparência com a população.

Até o momento, a página já tem mais de 200 mil likes e, segundo o diretor de redes sociais da prefeitura, Marcos Giovanelli, o projeto denominado “Curitiba 2.0” foi inspirado nas mídias digitais de cidades como Barcelona, Amsterdã e Nova York. Com uma linguagem mais popular, postagens irônicas sobre o clima instável, ‘memes’ e informações do trânsito em tempo real dividem espaço com as notícias e divulgações oficiais da prefeitura.

Este formato deixa bem claro como o público participa e, dentre os fãs, tenha até mesmo pessoas de outras cidades. É claro que algumas reclamações continuam, mas a equipe utiliza a ferramenta justamente para se aproximar do cidadão e ouvir suas necessidades. O tom despojado tem atraído até outras administrações a utilizar o formato, que buscam informações com a equipe de mídias digitais da prefeitura a fim de obter o mesmo sucesso.

A página de ‘Prefs’ de Curitiba tem dado certo pois, além de prestar o serviço a que se destina, faz com que a gente pare por dois segundos, ria e compartilhe uma novidade, e o humor, não tem jeito, seduz até o mais carrancudo dos curitibanos.

Aldy Coelho

30
mai

Vai ter Copa

E já que o assunto é a Copa do Mundo, por qual motivo não falaríamos dela? Bem, os leitores perceberão no texto, mas eu não sou a favor da Copa do Mundo no Brasil. Não estou dizendo isto porque detesto futebol, pelo contrário, sempre assisti às Copas, vibrei e torci pelo Brasil, como boa patriota que sou.

 A minha posição se refere a todo o cenário criado em torno do evento. Falando em um aspecto amplo, greves no Brasil não estão faltando, em todas as esferas da sociedade. Durante o ano, já vi notícias falando da falta de lanche para os funcionários públicos, como policiais militares (PM). Tive notícias também que os cães da PM estavam sem ração. E ainda nem comecei a falar de faltas. Isso mesmo, falta saúde, falta segurança, falta educação. shutterstock_193572167Não critico o evento como Copa do Mundo, mas critico, sim, a má gestão de nossos governantes, o desvio descarado de dinheiro público e a falta de consideração com a população, que é quem está pagando o preço.

 Sendo um pouco mais específica, darei um exemplo. Moro e trabalho no mesmo bairro, o Água Verde, em Curitiba, pertinho da Arena, estádio em que serão sediados os jogos aqui na capital. O local onde moro não entrou na chamada “zona de restrição” por apenas duas quadras. Mas fico imaginando quanto tempo levarei para sair de casa durante esse período. O pior é que, na zona de restrição, que é uma área de dois quilômetros ao redor de todo estádio, o bloqueio ocorre para carros e pessoas não cadastradas, carros não podem ficar estacionados nas ruas e o acesso de moradores, táxis e trabalhadores se dará por meio de cinco “pontos” de entrada. Além disso, todas as empresas que ficam dentro do perímetro e no entorno tiveram que readequar todo o seu horário de trabalho, com um prejuízo de horas perdidas de trabalho e produção. O que será sem volta.

 E aí fica a reflexão: vale a pena ter Copa do Mundo no Brasil?

 Fabíola Cottet

19
mai

Figuras de palavras

Costumo chamar o meu pai, que é magro, de Gordo. E sempre que escrevo um email pra ele fico observando o quanto a palavra lembra o que ela representa. G O R D O. Quase todas as letras são redondas, as únicas vogais são uma bola, todas as consoantes têm espaços gorduchos. Talvez a única falha de quem inventou o G O R D O foi ter se esquecido de colocar, em algum lugar, a letra B, que considero um símbolo da protuberância.

Do outro lado da fofura destaco as palavras terminadas – ou recriadas – com a letra i. Leia a frase abaixo:

Coisa mais linda do mundo.

Agora, na versão Bambi bebê:

Coisi mais lindi di mundi.  

Entendeu a diferença?

E dessa viagem reflexiva me vem à memória outra fantasia do idioma: as palavras que imitam os sons. Zumbido, gemer, cacarejo, miar, chiar, urro, grunhir, assobio, murmuro, chuva, sussurro, xixi. Os gramáticos e os estudantes de cursinho pré-vestibular dão o nome chique de onomatopeia pra essas figuras de linguagem.

Meio que juntando – e retomando – as duas ideias acho que GORDO, além de graficamente dizer a que veio, tem som de tamanho grande. Que nem malemolência. Mas aí, se este post for entrar nessa conversa da fonética, eu teria muiNta coisa a escrever. Então, melhor parar por aqui.

Beijos,

Karin Villatore

14
mai

E nós concordamos com o passarinho

Bem, desde o dia 29 de março sou uma mulher casada perante a lei. No dia 05 de abril nós fizemos uma pequena comemoração, cerimônia simples, para poucas pessoas, mas tudo, ou quase tudo, correu como planejado. Tudo dentro do figurino, tudo bem além do que eu havia sonhado.

 Aconteceu que dia 05 de abril também foi a data do aniversário do meu marido, dia em que ele comemorou 36 anos de vida. Resolvi fazer uma pequena surpresa e escrevi uma homenagem para ele, que reproduzo abaixo, pois algumas pessoas gostaram bastante do texto.

 “Com tanta coisa pra falar meu amor, e a palavra amor resume quase tudo. Chegando sutil e desmedido como um furacão, arrancando meus pés do chão e fazendo a mente pairar sobre a utopia permanente da insanidade que é amar. Tão cheio de razão e eu tão sem argumentos que o calem, minhas certezas que um dia foram, hoje são todas passado. Entrega de tudo, meu tempo, meus singelos pensamentos, são todos seus, não domino mais meus sentimentos.

 Um amigo me disse que seria assim, eu não sentiria e sentiria tudo ao mesmo tempo. Acho isso estranho mas os amantes nunca são normais. Talvez seja assim mesmo qpostue o amor ama, descabido, sem lógica e sem o mínimo sequer de nexo, porque o nexo do amor é nós dois juntos. Sem lógica, porque toda a lógica preferiu se esvair, ela viu que entre nós não havia espaço para ela. Chega destruindo pra causar felicidade ou causa felicidade e deixa destruição. Mas ninguém disse que amar seria fácil. E se alguém disse, se enganou. Tenho certeza que os casais aqui irão concordar comigo. Quantas vezes vocês discutiram? Quantas vezes vocês discordaram um do outro? Quantas vezes vocês brigaram? Mas o mais importante,vocês superaram tudo isso e estão aqui, o amor sempre falou mais alto. Quer exemplo mais lindo que seus pais e meus pais? Eles, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, estão ali juntos, no caminho que percorreram e percorrem até hoje.

 Não vai ser fácil. Pra ninguém é fácil meu amor. Mas entre todas as dificuldades tenho certeza que estaremos ali. E olha, vou dizer uma coisa, eu nunca sonhei em casar de branco, com um vestido de noiva e essas coisas. Mas cá estou. E gente, se eu soubesse que casar era tão bom e tão divertido, eu teria casado antes! Sério mesmo.

 Mas, voltemos ao motivo principal desta pequena homenagem: você. Meu amor, em três meses, apenas três meses, a gente se conheceu (como todos descobriram hoje, pelo Tinder), namorou, noivou e hoje está casando. Em três meses e nove dias, nós viajamos para outro país, tomamos um vinho em Bento Gonçalves – lá, na Casa Paroquial da Paróquia Cristo Rei, que você me pediu em noivado, lembra? Com a aliança menor que o meu dedo, pois a do tamanho certo ainda não tinha chego. Nós nos mudamos, organizamos um casamento, compramos coisas para casa, descobrimos o quanto é caro comprar produtos de limpeza e higiene pessoal… E você descobriu que amendoim não é fabricado em uma empresa, ele vem de uma plantinha. Nós planejamos uma vida juntos em três meses meu amor, posso dizer com toda certeza que hoje é o dia mais feliz da minha vida. Eu descobri em você o meu amor, meu amante, meu amigo, meu cúmplice e meu companheiro. Eu tenho ao meu lado o homem mais gentil, sincero, inteligente, lindo, amável e compreensivo que já conheci. E hoje, além de ser nosso casamento, você está completando 36 anos. Presto esta pequena homenagem a você, meu amor, para dizer que amar de verdade é passar a vida inteira ao lado de uma pessoa e ainda achar que foi muito pouco. E eu tenho certeza que daqui a 50 anos eu ainda gostaria de ficar os próximos 500 anos ao seu lado, se isso fosse possível.

 Quando eu menos espero você vem e me abraça, dizendo que sentiu minha falta… Quando eu menos espero você me puxa pela cintura e diz que estou mais linda do que nunca. E aí é que eu me lembro que ainda estou de pijama e com um coque mal feito no cabelo. Te abraço e nesse momento o tempo para. As borboletas do meu estômago começam a dançar e meu coração de alguma forma me avisa que é você. Se seu sorriso não tivesse aparecido em minha vida meu amor, meu mundo estaria cinza.

 Eu termino esta pequena homenagem, meu amor, dizendo que eu amo você, lhe desejando os meus mais profundos e sinceros votos de felicidades. Parabéns meu amor, tudo de bom, saúde, sucesso, alegria e paz pra você e pra nós e que, no ano que vem, os 37 sejam muito melhores que os 36. Pode ter certeza que, no que depender de mim, eles serão.

 Pra terminar, o nosso poeminha:

Foi um passarinho que me contou…
Que não vale a pena guardar sonhos,
Nem esconder sentimento.
Que não é bom voar sozinho
E que todo mundo quer formar um ninho.
E eu concordo com o passarinho.”

Fabíola Cottet

9
mai

Saiba por que seu artista favorito não é genial

A veneração às pessoas famosas não é novidade. Geralmente, os atos das celebridades “em alta” são tema de debate, mesmo quando não têm muita importância. Algumas celebridades usam essa atenção concedida a elas para se engajarem em causas e – pelo menos tentar – mudar alguma coisa no mundo.

Porém, ao mesmo tempo em que esta é uma atitude extremamente benéfica, muitas vezes as pessoas não sabem separar o que é a imagem construída do artista e as atitudes que partem deles próprios.

Um dos casos mais atuais que me vem à cabeça é a recente nomeação da cantora Beyoncé na lista das pessoas mais influentes das revistas Time e People. No fim de abril, Beyoncé lançou um single que a fez virar notícia. Dessa vez não foi apenwhatsas pela sua voz – magnífica, diga-se de passagem – ou por suas curvas, mas sim pela mensagem que passava. Pretty Hurts, o nome do single, fala sobre a pressão sobre as mulheres em estarem sempre bonitas e impecáveis. Mais interessante do que a letra, entretanto, foi a campanha nas redes sociais lançada junto com o single. O videoclipe demorou a sair, e quando estourou, Beyoncé lançou uma nova hashtag nas redes sociais, através de um hotsite que, logo quando aberto, exibia: #whatispretty.

Foi uma jogada extraordinária e, admito, com uma motivação muito válida, pois, as discussões sobre feminismo são cada vez mais frequentes, e as mulheres, mais do que nunca, querem ser entendidas e valorizadas, em todos os aspectos. O ideal de beleza passado pela mídia mainstream geralmente é fora da realidade, e leva milhares de meninas e mulheres ao redor do mundo a se sentirem obrigadas a estar sempre se preocupando com sua aparência. É um círculo vicioso, em que ninguém quer tomar responsabilidade, muito menos a mídia. Logo, ouvir uma música que fala disso e vai contra estes princípios, é fator motivante para muitas pessoas. Com Pretty Hurts, ela passa a mensagem de que as pessoas precisam “achar aquilo no mundo que te faz realmente feliz”. Gente do mundo todo postou fotos do que achavam que era bonito, no Instagram, no Facebook e no Twitter.
Mas aonde quero chegar com este texto é à discussão de que, mesmo se Beyoncé tiver todos os ideais representados pela música e pela campanha nas redes sociais, a ideia certamente não partiu inteiramente dela. A música foi escrita pela compositora Sia, autora de outros hits, como Diamonds da Rihanna, e não foi direcionada à Beyoncé em primeira mão – Sia ofereceu Pretty Hurts primeiramente a Katy Perry e, posteriormente, para Rihanna.

Beyoncé deve ter tido um bom auxílio de profissionais da comunicação para construir a campanha e, mais ainda, para fazer a ação atingir as proporções que atingiu. Não tiro o mérito da cantora, até por conhecer seus trabalhos mais recentes e o ideal que ela procura passar, e todo o carisma e cuidado que tem com os fãs que lhe renderam o apelido de “Queen B”. Entretanto, dar todos os créditos ela, como se fosse uma heroína, também não acredito que seja condizente com a realidade. Com certeza houve uma pitada de assessoria de comunicação ou RP ali.

Um bom trabalho de assessoria de imprensa direcionado, junto com a publicidade, pode fazer com que as celebridades passem a imagem de que são heróis. avrilPor isso, cresce cada vez mais o papel da comunicação, já que as redes sociais têm o potencial de expor as atitudes dos artistas para o mundo.  Um exemplo de mal uso da imprensa  ocorreu há duas semanas, com a cantora Avril Lavigne. Ela cobrou dos fãs brasileiros 800 reais para um “Meet &Greet”, e não deixou nem que seus seguidores encostassem nela para as fotos. O resultado foi catastrófico nas redes sociais e nas imprensas brasileira e internacional, e virou até meme. Outro exemplo de impacto negativo na mídia, relacionado aos artistas brasileiros, foi a campanha “Somos todos macacos”, que se expandiu de maneira rápida e começou a ser criticada mais rápido ainda.

Com isso, acredito que o cuidado com a relação que se possui com a imprensa e com os conteúdos liberados é fundamental, tanto para personas quanto para empresas. Beyoncé é um grande exemplo de boa construção de imagem, e nos mostra que, quanto mais se dedica a passar uma imagem sólida e significativamente positiva para a mídia, maior é a chance de um empreendimento, de qualquer tipo, deslanchar.

Amanda Pofahl

30
abr

Boa Noite

Passamos um terço da nossa vida dormindo, mas estamos dormindo muito menos do que dormíamos há 20 anos. Quanto menos dormimos, mais propensos estamos a engordar. Se exagerarmos, podemos começar a ter alucinações e até morrer.

Atualmente, dormir mal já virou normal no cotidiano da sociedade moderna e está piorando. De acordo com pesquisa do Instituto do Sono de São Paulo, os brasileiros dormem 1h30 a menos do que há 20 anos. São, em média, 6h30 por noite. Isso é muito menos do que gostaríamos de dormir ou deveríamos, 8h10. Além disso, 63% da população têm problemas para dormir.

Dormimos por três razões: economizar energia, fazer a manutenção do nosso corpo e consolidar a memória. Enquanto dormimos não nos movemos, ficamos tranquilos, relaxados. Por isso, nosso corpo consome menos energia. Quando dormimos mal temos que consumir um número maior de calorias, pois gastamos mais energia. Segundo estudo da Universidade Nortwestern dos Estados Unidos, quem dorme pouco ou mal tende a ingerir quase 250 calorias a mais por dia.

Dormir mal também afeta a memória, pois, quando dormimos, também eliminamos memória. O corpo libera ácido gama-aminobutírico, uma substância que apaga algumas das memórias obtidas durante o dia para liberar espaço para aprender coisas novas. Pessoas que não dormem o que precisam, em média 8 horas, podem ter problemas em guardar as memórias do dia-a-dia, lembrar-se de um compromisso, de um prazo ou de uma tarefa.

Ficar sem dormir pode ser tão prejudicial à saúde a ponto de causar danos irreversíveis, portanto, a longo prazo, dormir menos que o necessário pode encurtar o tempo de vida, e ficar muitos dias sem dormir pode até matar.

Na década de 80, cientistas da Universidade de Chicago comprovaram que não dormir mata, fazendo experimentos em ratos. Eles ficaram duas semanas sem dormir e, então, morreram. Apareceram manchas e feridas que não curavam até que, simplesmente, apagavam de vez.

Enfim, para ter um tempo maior de vida, ajudar o seu corpo a manter o metabolismo da mesma forma e sua memória intacta, arrume um tempo e lembre-se de dormir.

Gustavo Scaldaferri

22
abr

A TV continua sendo preferida nos lares brasileiros

tv-pilotOs meios de comunicação passam por uma espécie de transformação no Brasil. Pode se dizer que a cada década o comportamento dos brasileiros em relação às mídias muda de alguma forma. Mas, mesmo diante do crescimento de usuários de internet no país, a TV continua sendo o veículo de comunicação mais utilizado entre a população. Foi o que constatou a primeira edição da Pesquisa Brasileira de mídia, realizada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Na pesquisa cerca de 97% dos entrevistados afirmaram assistir à TV com frequência.

Logo depois da telinha, aparecem o rádio, com 61% de audiência, e a internet, com 47%. O jornal e a revista, como já havia sido constatado em outros estudos, ficam bem abaixo com apenas 25% e 15% dos entrevistados, respectivamente, afirmando que têm o habito de ler os periódicos.

Ainda segundo o estudo, o padrão se confirma quando os entrevistados foram questionados sobre qual meio de comunicação preferido. A TV aparece em primeiro lugar com 76,4%, seguido da internet (13,1%), do rádio (7,9%), dos jornais impressos (1,5%) e das revistas (0,3%). Isso demonstra que, apesar da facilidade de utilizar as plataformas móveis, o brasileiro continua tendo a TV como principal meio de comunicação.

Porém, a pesquisa também apresenta uma mudança de comportamento entre os mais jovens. Na faixa entre os 16 e 25 anos de idade, a preferência pela TV cai 70%, enquanto que a internet sobe 25%, ficando o rádio com 4% da preferência e os demais veículos com pontos abaixo de zero. Seguindo a tendência de outros países, os meios digitais devem ganhar ainda mais espaço na rotina dos brasileiros.

A pesquisa é bem interessante e vale a pena conferir outros itens. Para veririfcar na íntegra, acesse: http://pt.slideshare.net/BlogDoPlanalto/pesquisa-brasileira-de-mdia-2014?ref=http%3A%2F%2Fblog.planalto.gov.br%2F

Luanda Fernandes

11
abr

Novidades

Bom, vou aproveitar este meu primeiro post para me apresentar. Sou a mais nova integrante da equipe Talk. Meu nome é Aldy Coelho, sou jornalista (e atriz nas horas vagas) do interior de São Paulo e cheguei recentemente em Curitiba em busca de novidades. Na verdade, coisas novas são o que me move, me fazem sair da entediante rotina, me põem em contato com a diversidade, e me mostram diariamente que não vim para este mundo a passeio.

Não sei se todas as pessoas pensam desta forma, conheço gente que não sai da rotina de jeito nenhum. Já eu, pago pra não entrar nela. Sou daquelas que gostam de experimentar comidas exóticas (com ressalvas, claro!), de mudar radicalmente o corte de cabelo, de mudar de gosto musical, de sair sem destino só para ter o prazer de descobrir lugares e pessoas diferentes.

Por esta e muitas razões (que deixariam este post longo demais) saí da pequena cidade de Taubaté e vim para Curitiba experimentar o novo. Mas como disse um amigo, sem antes fazer uma escala em Dublin, na Irlanda, onde passei dez meses e retornei em janeiro deste ano.
Agora, pensando num futuro próximo, quero ainda mais desbravar esta capital, mergulhar neste trabalho de comunicação que eu adoro, me especializar ainda mais neste campo, construir uma base sólida, porque mesmo com o espírito aventureiro, pretendo um dia criar raiz.

Quero desde já agradecer a Karin que me abriu as portas, e espero poder compartilhar com vocês, leitores deste blog, o que de novo e interessante eu já vi e descobri, seja aqui ou pelas minhas andanças.

E, para fechar minha apresentação, segue um texto dela, que eu adoro, Clarice Lispector, sobre o novo.

MUDANÇA

Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.

Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama… Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais… leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida.
Tente.
Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado… outra marca de sabonete, outro creme dental…
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude. Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena !!!

Beijo!

Aldy Coelho