Achou que eu não ia falar de livro novamente? Pensou errado! E na próxima vez que eu voltar aqui já será para me despedir de 2018 e fazer uma lista dos melhores livros do ano!
Enquanto isso, que tal aproveitar o feriado da próxima semana para colocar a leitura em dia? Aqui vão algumas dicas.
A Amiga Genial
Autora: Elena Ferrante
Editora: Biblioteca Azul
A Série Napolitana, formada por quatro romances, conta a história de duas amigas ao longo de suas vidas. O primeiro é narrado pela personagem Elena Greco e cobre da infância aos 16 anos.
Bem, achei uma delícia de leitura e até me vi ali um pouco nas páginas, porém não bateu pra mim. Fiquei bem cansado e demorei semanas pra terminar. Triste, queria ter amado Vida que segue.
Nada a Dizer
Autora: Elvira Vigna
Editora: Companhia das Letras
“Nada a Dizer” é a história de um adultério, narrada do ponto de vista da mulher traída.
Meu segundo contato com Elvira Vigna foi ainda melhor do que o primeiro. “Nada a Dizer” diz tanto. É uma leitura dolorosa e melancólica. Vigna consegue pegar fragmentos de sentimentos difíceis de serem descritos e escreve de maneira delicada e certeira. Um tiro doeria menos.
Reparação
Autor: Ian McEwan
Editora: Companhia das Letras
Por não entender o mundo adulto da paixão e da sexualidade, Briony Tallis, uma menina inocente que sonha ser escritora, acusa injustamente um amigo de infância de abusar sexualmente de sua irmã.
Só não dou 5 estrelas porque não curto muito as cenas de guerra, esse cenário sempre me cansa, e como o Ian McWan separa uma parte inteira somente para isso, acabei me entediando um pouco, mas é fácil, FÁCIL, 4,5 estrelas e um dos melhores livros lidos no ano. O final é uma das coisas mais brilhantes, bonitas e bem escritas que eu já li. Drama familiar intenso sobre literatura e perdão. Na vida, às vezes, não há como reparar um erro.
A Hora da Estrela
Autora: Clarice Lispector
Editora: Rocco
Existem tantas Macabéas. Macabéa insiste em viver mesmo num Brasil que insiste em matá-la.
Clarice me deixou destruído e ao mesmo tempo maravilhado. É absurdo como ela consegue colocar dentro de frases curtas tanto, tanto significado. É um soco a cada parágrafo. Que coisa linda.
O Papel de Parede Amarelo
Autora: Charlotte Perkins Gilman
Editora: Jose Olympio
Uma mulher fragilizada emocionalmente e com depressão pós-parto vai passar uns dias em uma casa afastada da cidade, a pedido do próprio marido, para que possa “descansar”. Só que a mulher é tratada de maneira infantilizada pelo marido machista, pelos familiares e pela sociedade. Aos poucos, ela vai entrando numa paranoia de delírio e obsessões com o papel de parede do quarto onde dorme.
Considerado um clássico feminista, “O Papel de Parede Amarelo” assusta por vermos a mulher sendo subjugada e sua depressão sendo tratada como frescura e besteira. Claustrofóbico e perturbador.
Rodrigo.