28
abr

Adaptar-se ou nada!

camaleao

 Não me censurem, mas dei um Google e fui na Wikipédia atrás de informações básicas – muito básicas – sobre adaptação. Podia recorrer a fontes mais nobres e confiáveis, mas já me basta o que encontrei e que parece sob medida para estes tempos que tenho vivido.

É o seguinte, em livre interpretação: ao adaptar-se, os seres vivos desenvolvem uma certa harmonia com o ambiente, ajustando-se para a sua sobrevivência em um determinado local.

Se você recorrer a Darwin e a alguns filósofos, a coisa começa a complicar, por que eles vão falar em evolução, seleção natural, mutações dirigidas, e por aí vai.

Fiquemos, portanto, com essa noção mais simples de harmonia e sobrevivência, que já não é pouco e não é bolinha. E aqui obtenho meu gancho para me exibir como um ser vivo altamente adaptável. E não é de hoje.

Tenho sobrevivido em relativa harmonia com o ambiente ao meu redor a cada virada da vida. Nada de fantástico/extraordinário/sensacional me aconteceu, é verdade, se a gente considerar que tem gente que foi à Lua, virou santo, escreveu a Odisséia, aprendeu a falar oito línguas, a operar cérebros e a fazer nhoque.

Ainda assim, no comparativo com outros seres vivos das minhas relações, me acho bem sucedida.

Agora, por exemplo. Em um ano, troquei de casa, de vizinhança, de trabalho, de colegas de trabalho, de idade…Certo, todo mundo troca anualmente de idade, mas em certa fase da vida a gente percebe – mesmo – que trocou.

Adaptar-se é um exercício biológico, uma condição atávica, mas não só. Também é um exercício da vontade. A gente escolhe ruminar o passado ou virar a página; lamentar uma rasteira ou dar uns pulinhos mais pra frente; ficar com raiva ou deixar pra lá.

E escolher faz bem. Tenho escolhido ser feliz e me divertir com as novidades, o que inclui endereços, trabalho, pessoas (como meus novos coleguinhas super legais aqui da Talk Comunicação) e até as dificuldadezinhas de todos os dias. Espero ter ainda muitos tons de camaleoa para ir trocando, enquanto a paisagem muda ao meu redor.

Um beijo

Marisa Valério

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