Eu já tive vários tipos de pensamento a respeito de aniversários. Claro, em geral, quando somos crianças, amamos fazer aniversário. Parabéns, festa, bolo, presentes. Eu, como é de se imaginar, também amava meu aniversário. Mas já quando adolescente, conheci pessoas que não gostavam nem de ganhar parabéns, detestavam festa e abraços. Nunca entendi se era aversão a contato físico ou falta de empatia com a data, mesmo.
Nunca cheguei ao ponto de não gostar de aniversários, mas com o tempo passei a pensar “parabéns por quê?”, afinal de contas, eu só nasci, nem pedi pra ninguém – fosse assim, os parabéns deveriam ser para os meus pais; ou então os parabéns são porque fiquei mais velha? Bem, o tempo passa, inexorável – não há nada que se parabenizar nisso. Então qual o motivo de ganhar parabéns? Por sobreviver a mais um ano neste mundo cada vez mais louco? É realmente memorável, mas acho que os parabéns não vêm por isso. E confesso que ainda não entendi por qual razão eles vêm e acho que tudo bem. O que importa é se sentir querido.
Passei a enxergar a virada de ano como um reveillón pessoal – dá pra criar novas metas, revisar as velhas, enfim. É divertido. Pra mim, este mês, mais um aniversário chega, com ele os 3.6 e não tenho vergonha de dizer que estou chegando aos 40. Ficar velho tem seu charme, sim – e a gente fica um pouco menos ignorante. Mas isso é assunto pra outro post.
E você? Gosta de fazer aniversário?
Por Luciana Penante