Eu sou relativamente nova na política. Sim, eu aprendi muito na escola e ouvi diferentes histórias sobre o tema durante a vida, mas o engajamento é recente. Comecei a me interessar pelo assunto na universidade, onde abri meus olhos para situações que estiveram à minha frente o tempo todo.
Clichês à parte, relato minha breve experiência apenas para contextualizar o momento atual: estou obcecada por política.
Há meses meu cotidiano vem se moldando em torno de reportagens, debates, sabatinas e redes sociais. Ah, as redes sociais… Melhor nem entrar em detalhes. Tudo ao meu redor está tomado por rostos e nomes conhecidos (ou nem tanto), de pessoas que prometem alentar meu futuro.
Sinto que me falta assunto em conversas de elevador, no escritório, em casa, com os amigos… Só sei falar disso! Nada tem me interessado mais do que uma fofoca política, saber das fake news do momento ou das barbáries de um-certo-candidato-à-presidência.
A menos de dois dias do encontro com as urnas, a iminência da decisão tem afligido meus sonhos e pesado nos meus ombros. Pensar em um veredito neste fim de semana é quase utópico, o que só aumenta minha tormenta: ainda restam 23 dias até o segundo turno!
Depois da confirmação de fato, é provável que eu fique alguns dias com o sentimento de vazio, como a carência pós-Copa do Mundo. A sensação irá se prolongar até que todos consigam retomar suas rotinas que serão, agora, dominadas por qualquer outro assunto menos desgastante, espero eu.