Como já diz a grande pensadora contemporânea Sandy: tenho sonhos adolescentes, mas as costas doem. Sou jovem para ser velha e velha para ser jovem. Uma grande poeta, realmente.
Essa é a minha última semana com 30 anos e não apenas minhas costas doem, mas estou hipertenso e com níveis de vitamina D lá no dedão do pé de tão baixos, e olha que todo mundo tem falta de vitamina D no organismo. Entendi porque me sentia tão cansado todos os dias. É, rapaz, o tempo vai passando e a gente já amanhece exausto, rs.
Por outro lado, como diz a maravilhosa Maria Bethânia, envelhecer é um privilégio. Eu não voltaria para os meus 20 anos nem por alguns milhões. Minha cabeça atual pode até estar mais cheia das paranoias e preocupações, mas hoje em dia carrego uma certa inteligência emocional para lidar com o dia a dia. Minhas memórias e experiências até aqui também me transformaram, para melhor ou pior. Afinal, quem somos nós além da soma de nossas experiências e das coisas que aprendemos e colecionamos ao longo da vida? Nossa, estou tão profundo e sábio.
Embora fique impressionando por estar fazendo 31 anos (ainda não me acostumei com o número 3 na frente), a impressão que tenho é que minha vida ainda não começou, que uma hora vai, que o que está por vir será incrível. Eu não sei. Dizem que os anos passam e vamos ficando mais tranquilos. Eu continuo inquieto, o que também é bom, embora cansativo. Por outro lado, ao mesmo tempo em que me acho ainda jovem, sempre me senti com uma alma velhinha, desde criança. Eu acredito nessas coisas.
Acho que me perdi nas reflexões. É bom estamos sempre incompletos, afinal? É bom? Quem sabe, quando eu estiver terminando meus 31 anos, eu volto aqui e digo que nunca me senti tão jovem na vida. Será? Não sei de nada.