Arquivo mensais:abril 2016

28
abr

Adaptar-se ou nada!

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 Não me censurem, mas dei um Google e fui na Wikipédia atrás de informações básicas – muito básicas – sobre adaptação. Podia recorrer a fontes mais nobres e confiáveis, mas já me basta o que encontrei e que parece sob medida para estes tempos que tenho vivido.

É o seguinte, em livre interpretação: ao adaptar-se, os seres vivos desenvolvem uma certa harmonia com o ambiente, ajustando-se para a sua sobrevivência em um determinado local.

Se você recorrer a Darwin e a alguns filósofos, a coisa começa a complicar, por que eles vão falar em evolução, seleção natural, mutações dirigidas, e por aí vai.

Fiquemos, portanto, com essa noção mais simples de harmonia e sobrevivência, que já não é pouco e não é bolinha. E aqui obtenho meu gancho para me exibir como um ser vivo altamente adaptável. E não é de hoje.

Tenho sobrevivido em relativa harmonia com o ambiente ao meu redor a cada virada da vida. Nada de fantástico/extraordinário/sensacional me aconteceu, é verdade, se a gente considerar que tem gente que foi à Lua, virou santo, escreveu a Odisséia, aprendeu a falar oito línguas, a operar cérebros e a fazer nhoque.

Ainda assim, no comparativo com outros seres vivos das minhas relações, me acho bem sucedida.

Agora, por exemplo. Em um ano, troquei de casa, de vizinhança, de trabalho, de colegas de trabalho, de idade…Certo, todo mundo troca anualmente de idade, mas em certa fase da vida a gente percebe – mesmo – que trocou.

Adaptar-se é um exercício biológico, uma condição atávica, mas não só. Também é um exercício da vontade. A gente escolhe ruminar o passado ou virar a página; lamentar uma rasteira ou dar uns pulinhos mais pra frente; ficar com raiva ou deixar pra lá.

E escolher faz bem. Tenho escolhido ser feliz e me divertir com as novidades, o que inclui endereços, trabalho, pessoas (como meus novos coleguinhas super legais aqui da Talk Comunicação) e até as dificuldadezinhas de todos os dias. Espero ter ainda muitos tons de camaleoa para ir trocando, enquanto a paisagem muda ao meu redor.

Um beijo

Marisa Valério

14
abr

Eu amo o calor! Eu odeio o calor!

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Tenho uma relação conflituosa com o calor. Se antes eu dizia categoricamente que detestava o brilho intenso do Sol, com o tempo fui ficando uma pessoa mais calorosa. Hoje em dia, no alto da minha maturidade de 27 anos, já penso que o calor deixa as pessoas mais livres, leves e simpáticas – coisa rara em Curitiba. Também penso nos moradores de rua, que sofrem o diabo em tempos mais frios.

Mas aí começam alguns problemas. Curitiba anda castigando quem está acostumado com temperaturas na casa dos 20 graus. Quando chegamos nos 30 graus – numa cidade sem praia e nem tão verde assim – eu já começo a sentir um sufoco. A camiseta gruda, o ventilador não vence, as chuvas são tenebrosas. E aí percebo que tenho mais roupas de frio do que de calor, os sapatos são mais fechados e usar shorts não é para todo dia. Dormir se torna uma luta. Para não usar o ventilador, eu deixo a janela aberta. Com isso, besouros, baratadas voadoras monstruosas e mosquitos me dão beijos de boa noite. Não é nada gostoso.

O cheiro da cidade também fica um pouco estranho, as pessoas parecem ter quedas de pressão surpreendentes e os ônibus se tornam câmaras de tortura – nem vamos falar dos tubos aqui da cidade.

Mas o frio também traz problemas respiratórios, uma preguiça imensa de sair da cama, uma dorzinha nas costelas, gripes, resfriados, comidas gordas e deliciosas que nos fazem ficar gordos e deliciosos (mas aí chega o verão e dá aquele arrependimento).

Ideal, ideal mesmo, seria que as estações do ano fossem bem definidas: no outono ficaríamos mais quentes durante o dia e frios durante a noite, no inverno aproveitaríamos os muitos cafés espalhados pela cidade, na primavera sentiríamos o prazer de um clima ameno e no verão já estaríamos preparados para os meses calorosos.

Mas aí moramos em Curitiba, a cidade bipolar, e temos todas as estações em menos de 30 minutos. É difícil. E eu continuo nesse dilema.

Um beijo
Rodrigo

7
abr

A obesidade infantil e o papel dos pais

obesidade

Dia desses, ao ficar por umas três horas na sala de espera de um pronto atendimento infantil, me surpreendeu a grande quantidade de crianças obesas que ali estavam. Fiquei me perguntando se as famílias não percebem o problema ou se negligenciam mesmo. Um bebê de um ano gordinho é a coisa mais fofa do mundo, vamos combinar né? Mas sabemos que essa fofura toda pode se tornar bastante danosa à saúde ao longo do tempo.

Fico arrepiada quando vejo uma mãe colocar refrigerante na mamadeira do filho, ou então quando ela lhe dá “apenas” um golinho em uma festa porque a criança pediu. É claro que eles conhecerão todas as guloseimas em algum momento da vida, mas acredito que quanto mais pudermos retardar esse contato melhor.

Gostei bastante de uma campanha publicitária contra a obesidade infantil que vi nos mobiliários urbanos de Curitiba recentemente. A campanha foi feita com foto de crianças acima do peso que pediam aos pais que impusessem limites a elas. Que dissessem não, mesmo que os filhos insistissem ou chorassem.

Acho que esse é o caminho: limites. Às vezes deixarmos de dizer não para evitar constrangimentos ou chateações. Mas precisamos ter a consciência de nossos filhos precisam deles e de que esse é o nosso papel. Orientar, corrigir, amar e, acima de tudo, impor limites!

Um beijo!

Aline Cambuy