As pessoas vivem cometendo gafes. Isso é comum, afinal, nenhum de nós é perfeito. “Mas que clichê mais batido, Gustavo!” Desculpe, mas os clichês só são clichês porque são extremamente repetidos e, se são tantas vezes repetidos, é porque são importantes de alguma forma.
De fato, se você viveu pelo menos 10 anos, com certeza já cometeu alguma gafe. Criança comete muitas. Minha amiga de infância Gabi, certo dia estava no elevador com a mãe, e uma mulher com o cabelo todo armado entrou. Os olhos da Gabi se levantaram lentamente para o topete da senhora. A menina olhou fixamente e perguntou, com a maior inocência:
– Moça, você é uma bruxa?
A mãe, Simone, não sabia onde enfiar a cara.
– Gabrielaaa! Ai, moça, desculpa.
– “Magina”! Criança, sei como é.
Uma vez, esperando meu pai me pegar na escola, parou um carro igualzinho o dele. Já com o celular na mão e sem olhar pra frente, fui andando, abri a porta do carro e entrei. Quando olhei para o lado, tinha uma mulher olhando para mim com uma cara de: “Quem é você?” Foi constrangedor. Eu parecia um pimentão! Ela riu e eu saí do carro pedindo desculpa.
A verdade é que ninguém gosta de cometer uma gafe, mas eu consigo enxergar o lado bom delas. Se você, caro leitor, pensar bem, as histórias mais engraçadas que a gente tem pra contar são gafes que cometemos. Quem nunca se divertiu numa roda de amigos, um contando para o outro as próprias gafes ou as de outros? Quantas histórias hilárias já ouvimos? Estas coisas têm que acontecer para deixar a vida mais gostosa. São aqueles momentos que, às vezes, você acaba lembrando e rindo sozinho, feito louco. Na hora em que aconteceu foi super embaraçoso, mas, depois passa e fica cômico. Faz parte.
Não me arrependo de nenhuma gafe que cometi porque, de vez em quando, são com essas lembranças que eu me pego sorrindo. Então, para finalizar, sem clichês, eu lhe dou um conselho de amigo: cometa gafes.