Arquivo mensais:junho 2014

27
jun

Eu amo a Copa do Mundo

Não há como não falar de Copa nessa época, ainda mais com esta edição que está acontecendo na nossa casa. Sim, nós temos inúmeros problemas e muitas obras deixaram de ser feitas. O maior legado que a Copa poderia deixar, que seria uma reformulação de toda a infraestrutura, principalmente das cidades sede, não aconteceu. Mas o evento está a todo vapor e com jogos emocionantes, de tirarem o fôlego. Viradas, goleadas, times que seriam teoricamente fracos surpreendendo campeões mundiais, sendo que alguns destes já até embarcaram de volta pra casa, deixando a competição mais cedo, como são os casos de Espanha, Inglaterra e Itália. Esta é a copa das surpresas.

O que não é surpresa é a nossa receptividade e simpatia com os estrangeiros que vieram pra cá. O Brasil já tem fama de bom anfitrião pela descontração e energia intrínseca na cultura do brasileiro. Eu presenciei cenas de brasileiros se apresentando e conversando com os gringos, falando sobre o país. Sobre as coisas boas no caso. Eu mesmo fiz esse papel com dois alemães que encontrei na Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo, famoso por ter diversos bares e por ser muito movimentado, principalmente nos fins de semana. Agora, no período da Copa, todos os dias lá parece Carnaval, as ruas lotam de gente de todas as nacionalidades.

Aliás, esse clima de Copa é uma das coisas que mais me fascinam. De quatro em quatro anos tenho esse sentimento, de festa, alegria. O mundo para ver o esporte mais popular e, particularmente, o que eu mais amo. Podem até dizer que é hipocrisia e que o brasileiro só é patriota em tempos de Copa. Mas não há nada mais gostoso do que sair na rua em dia de jogo na nossa seleção e ver a maior parte dos carros com bandeiras, os prédios decorados de verde e amarelo, e mais da metade das pessoas nas ruas vestindo a amarelinha. Algumas pessoas podem lutar contra a alegria e satisfação desse clima mas, pelo menos por este mês de Copa, eu vou me deixar levar por essa energia que me faz tão bem. Confesso, eu amo a Copa do Mundo.

Gustavo Scaldaferri

13
jun

Para dizer adeus

Fiquei incumbida de escrever, justamente nesta semana – a minha última aqui na Talk –, um texto para o blog. Difícil relatar todos os momentos que passei por aqui. Aprendi muito na agência, fiz amizades e conheci pessoas. No final tudo se resume aos relacionamentos que fizemos e à bagagem que levamos. Agradeço a todas as pessoas que encontrei nessa jornada. Cada uma foi importante para transmitir a pessoa que sou hoje. Não tenho medo do que deixo, pois acredito que nestes três anos dei o meu melhor. O meu legado eu levo embora, mas deixo um pouquinho de mim.

A todas as meninas queridas que ficam obrigada por tudo, pela amizade, pela parceria, pelos ensinamentos e também por aguentar os dias de TPM – trabalhar só com mulher, às vezes, não é fácil.

Hoje saio realizada e com o sentimento de dever cumprido. Obrigada a todos que compartilharam esses momentos e, com certeza, nos encontraremos pela vida, nem que seja pelo Facebook!

 Beijos e até a próxima.

 Luanda Fernandes

6
jun

Curitiba 2.0 – I love that!

Há três meses em Curitiba, algumas coisas têm me encantado mais que outras. A variedade de parques, ambientes culturais e pontos turísticos superam de longe minha pequena e singela Taubaté. Em compensação, o povo curitibano nem sempre é tão aberto ou simpático, comparando novamente com a minha cidade, onde velhinhas nos terminais oferecem ajuda mesmo sem a gente pedir, só para puxar um papo.

No último final de semana, uma manicure do salão em que fui pela primeira vez me perguntou se eu era de fora e, ao ouvir a afirmativa, ela logo emendou um “Eu sabia! Você tem boa conversa!”. Só depois entendi o que ela quis dizer com isso. Já meus amigos taubateanos, que vivem há mais tempo em Curitiba, me contaram sobre as trezentas teorias que existem para justificar tal comportamento. Mas, no fim das contas, até que tive sorte, pois até agora só encontrei curitibanos ‘com boa conversa’.

Agora, no mundo da comunicação, um exemplo que mostra exatamente como quebrar essa sisudez curitibana e até mesmo essa aridez da burocracia, tem me feito rir e amar ainda mais essa cidade que escolhi. A Prefeitura de Curitiba tem dado um show no que diz respeito à administração de suas redes sociais, com destaque para o Facebook. Esse canal mais acessível ao público e que, normalmente, recebe dezenas de reclamações referentes aos órgãos públicos ligados à prefeitura, tem mostrado como a descontração e o bom humor pode ser a chave da empatia e aproximação com seu público alvo. Essa estratégia de comunicação tem como objetivo fomentar o diálogo e a transparência com a população.

Até o momento, a página já tem mais de 200 mil likes e, segundo o diretor de redes sociais da prefeitura, Marcos Giovanelli, o projeto denominado “Curitiba 2.0” foi inspirado nas mídias digitais de cidades como Barcelona, Amsterdã e Nova York. Com uma linguagem mais popular, postagens irônicas sobre o clima instável, ‘memes’ e informações do trânsito em tempo real dividem espaço com as notícias e divulgações oficiais da prefeitura.

Este formato deixa bem claro como o público participa e, dentre os fãs, tenha até mesmo pessoas de outras cidades. É claro que algumas reclamações continuam, mas a equipe utiliza a ferramenta justamente para se aproximar do cidadão e ouvir suas necessidades. O tom despojado tem atraído até outras administrações a utilizar o formato, que buscam informações com a equipe de mídias digitais da prefeitura a fim de obter o mesmo sucesso.

A página de ‘Prefs’ de Curitiba tem dado certo pois, além de prestar o serviço a que se destina, faz com que a gente pare por dois segundos, ria e compartilhe uma novidade, e o humor, não tem jeito, seduz até o mais carrancudo dos curitibanos.

Aldy Coelho