Arquivos da categoria: Esportes

29
set

Paralimp…herois

blogAlguns amigos comentaram seu mal-estar diante da exposição física dos atletas paralímpicos, meninos e meninas, homens e mulheres marcados pela ausência de membros, por deformidades variadas, pela dificuldade de se locomover e até de falar.

E diante desses comentários, fiquei surpresa com minha própria reação. O que mais me chocou não foram as cruezas da deficiência física ou mental mais radical.

Ao contrário. Meu maior estranhamento apareceu diante de atletas que aparentavam não ter deficiência alguma.

E por uma razão: a coragem que eles demonstram de assumir em escala global circunstâncias limitadoras pessoais que poderiam ficar circunscritas à família e ao círculo de amigos mais próximo.

Isso também é destemor e me ensina tanto quanto o espírito guerreiro dos que se movem apesar das mutilações.

Marisa

3
mar

Corrente do Bem Talk

Escola-Joao-Paulo-II-19O Professor Belmiro (Valverde Jobim Castor) costumava usar um pensamento do filósofo norte-americano John Rawls para dar base ao conceito do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII): “A sociedade justa não é aquela que garante a todos os seus filhos a plena realização de seus objetivos, pois isso é impossível. Mas é aquela que garante a todos os seus filhos possibilidades semelhantes de alcançar essa realização”.

O Professor e um grupo de pessoas muito legais conseguiram criar em 2010 uma escola que vem oferecendo ensino em período integral, de qualidade e gratuito para crianças e jo¬vens carentes de Piraquara.

A morte do Professor foi um baque para o Centro, que hoje é dirigido bravamente pela Dona (Thereza) Elizabeth (Bettega Castor), viúva de Belmiro. Nesta comemoração dos nove anos da agência decidimos voltar nossa ação para uma campanha que chamamos de Corrente do Bem Talk, de doações de materiais escolares e esportivos para o CEJPII. E o chamado foi ouvido.

Foram inúmeras as entregas recebidas aqui, de parceiros, clientes, amigos, anônimos e público interno. Um movimento inspirador e que nos deu um gás de motivação durante todo o período. Não temos palavras para agradecer a todos os que se mobilizaram.

Vamos combinar com a Dona Elizabeth a entrega das doações agora para o início de abril. Será uma emoção rever o Centro sem o Professor. Mas, acima de tudo, é sempre uma emoção assistir no colégio à transformação dos estudantes.

Para quem quiser conhecer o Centro ou fazer doações, vale muito a pena. O site é www.joaopaulosegundo.org.br e telefones (41) 3079-7810 e (41) 3018-9625.

Beijos e obrigada a todos,

Karin Villatore

10
dez

A barbárie continua nos estádios

brigaPor mais que tenha se tornado uma cena cada vez mais comum nos jogos de futebol, ainda fico pasma ao ver imagens como as de domingo, em que as torcidas do Atlético e do Vasco se enfrentaram como se estivessem em uma praça de guerra. Custo a aceitar que isso ainda aconteça, porque não consigo entender o que esse tipo de pessoa tem na cabeça. Seria um fanatismo desenfreado capaz de cegar qualquer percepção de certo ou errado? O jogo não deveria ser um momento de lazer e de descontração? Então, por que essas pessoas levam isso tão a sério a ponto de quase se matarem dentro de um estádio?

Talvez ninguém possa entender os motivos, até mesmo os fieis torcedores que acompanham todos os jogos do time preferido. O que não é o meu caso. Acho que essa pode ser uma das causas da minha revolta. Não sou fã de futebol, mas também não critico quem gosta – cada um com suas preferências. E por isso me pergunto: até quando isso vai acontecer? As pessoas não evoluem? Pelo menos não essas, que ferem outros por motivos totalmente banais: um jogo de futebol – é isso mesmo??

O caso aqui não deveria ser se faltou policiamento ou segurança para conter os ânimos mas, sim, a falta de cultura, educação e senso de que todos compartilhamos o mesmo planeta. Em uma sociedade normal a polícia não teria que fazer esse tipo segurança, afinal cabe às pessoas definirem o que é certo e errado. O Estado tem lá sua parcela de culpa por todo o histórico cultural, que não cabe mencionar agora. Desculpe os simpatizantes do esporte, mas acho que o problema também está em julgar tão importante uma partida de futebol, tudo gira em torno disso. Tem pessoa que prefere faltar ao trabalho ou outro compromisso importante para ir ao estádio, o que me parece uma tremenda inversão de valores. Alguém já viu briga com torcedores de vôlei ou de basquete no Brasil? Então, acho que isso já diz muito.

Luanda Fernandes

21
set

Superação

Engraçado como, às vezes, reclamamos da vida sem perceber como a vida de outras pessoas é muito mais difícil que a nossa. Hoje lendo as notícias me deparei com a história deste rapaz de apenas 20 anos que, apesar de ter uma deficiência visual desde pequeno, não deixou de ser um grande esportista e fazer coisas que muitos nem tentariam. Derek Rabelo já nasceu cego, mas isso não é um obstáculo para ele deixar de surfar, nadar e andar de skate e de bicicleta.

Derek ficou conhecido após surfar a temida onda de Pipeline, considerada por muitos surfistas um desafio dos maios perigosos. A onda fica localizada na Ilha de Oahu, no Havaí, e é conhecida pela grande força com que quebra nos corais. Por isso o risco de enfrentá-la.

A história de Derek conquistou o mundo, tanto que ele é o protagonista do documentário Além da Visão. O rapaz nasceu em Guarapari, filho de um casal apaixonado pelo esporte. Com o tempo, foi perdendo o medo do preconceito para que pudesse realizar o sonho de aprender a surfar.

Quem gostou da história, vale a pena conferir o trailer do filme!

Luanda Fernandes

7
ago

Olimpíadas de Londres

Como o assunto do momento são as olimpíadas de Londres, nada melhor do que abordar o tema nesta postagem. Tinha um tempo que eu era fã de carteirinha dos jogos olímpicos, acompanhava tudo o que conseguia e sempre estava a par do saldo de medalhas. Bom, hoje já é outra história, mal consigo ver quem está ganhando o quê, quais equipes já foram classificadas ou desclassificadas.

Mas, fazendo uma análise do que está saindo nos jornais, posso dizer que a atuação do Brasil está bem fraca, muitos atletas que eram promessas perderam competições e voltaram para casa sem, ao menos, conseguir disputar o bronze.

Esses dias cheguei em casa a tempo de acompanhar um jogo de vôlei da seleção feminina. As brasileiras estavam bem aquém das seleções passadas. Tudo bem que era contra a Coreia, uma equipe muito boa. Mas, assistindo ao jogo, percebi que faltava um pouco de garra da equipe e qualquer jogadinha da equipe coreana se convertia em ponto. Isso me desmotivou mais ainda e, resumindo, troquei de canal.

Talvez antigamente eu ficasse mais empolgada com esse tipo de evento porque acompanhava com mais frequência, porém, atualmente não consigo sentir aquele espírito de determinação dos atletas. Pode ser que eu esteja sendo injusta com eles, mas o que realmente está marcando as olimpíadas deste ano é o choro incontrolável dos atletas que voltaram mais cedo para casa.

Luanda Fernandes

30
ago

Mulheres X Mercado Esportivo

Tamanha foi a minha surpresa quando quis comprar uma camiseta feminina do UFC e não achei para vender aqui no Brasil, nem no site oficial da competição. Meu espanto foi maior, ainda mais após o evento esportivo ter acontecido em terras tropicais.

Mas a falta de modelos femininos não atinge somente o mercado esportivo relacionado a lutas, que é tradicionalmente um universo masculino. Há tempo as mulheres vêm se interessando mais por futebol, política e esportes no geral. Estamos no século XXI, a imagem de que a mulher se interessa só por assuntos relacionados à casa e aos filhos já caiu por terra há muito tempo, creio eu.

Além de lutas, eu gosto bastante de futebol e tenho 4 camisas de times em casa, o que é um número considerável pra uma mulher. A única modelo feminina, de fato, que tenho é a da Seleção Brasileira, que foi comprada em época de Copa do Mundo. As outras, do Internacional de Porto Alegre, do Corinthians e do Milan, são infantis.

O mercado esportivo não está acompanhando o crescimento e o interesse do público feminino, e está perdendo feio com isso. E a reclamação não é só minha. Tenho amigas que reclamam da mesma coisa. É bem estranho ir a uma loja de esportes e comprar camiseta infantil, pois não tem feminina.

Fica a dica para o mercado esportivo, que movimenta uma grande quantia e atrai mais consumidoras todos os dias, produzam alguns modelos femininos. Hoje, temos mulheres em todos os esportes, como praticantes ou torcedoras, e é seguro afirmar que elas compram os produtos.

Fabíola Cottet