Arquivos da categoria: Cliente

20
ago

Cliente tem sempre razão. Será?

Reclamação_Web Já dizia a máxima que o cliente tem sempre razão mas, como consumidora, discordo plenamente. Não porque eu julgue que a frase esteja incorreta, mas pelo fato de que a maioria das empresas não leva esse lema em consideração. Para as corporações, acho que a sentença se encaixaria melhor se fosse assim: o cliente tem sempre razão, desde que não questione a maneira de atendimento.

É fácil ver como muitas empresas não respeitam ou nem sequer estão interessados em ouvir as queixas dos consumidores. Do contrário, as redes sociais e os sites de reclamação não estariam cheios de depoimentos indignados. Não sou do tipo de consumidora que já sai descascando a empresa no Facebook, por exemplo, mas em muitos casos esse tipo de exposição é bem merecida.

As empresas não sabem lidar com os consumidores, ainda não aprenderam a ouvir as queixas e tentar melhorar a prática de relacionamento. Simplesmente ignoram problemas que, muitas vezes, são simples de resolver. Como exemplo, as operadoras de telefonia que travam uma guerra para conquistar clientes da concorrência mas, quando conseguem, nem ao menos fidelizam esses consumidores para que continuem na companhia. Então, do que valeu todo o esforço, se a empresa ganhou mais um cliente insatisfeito?

Parece que o lema adotado é conquistar números e não fidelizar pessoas. Isso sem mencionar outros tipos de prestadoras de serviço, que disponibilizam um serviço tão ruim quanto das empresas de telefonia.

Essa é uma prática muito equivocada e parte da culpa pelas empresas abusarem e ignorem as leis de consumo é nossa: os consumidores. O brasileiro ainda prefere não reclamar a ter que se incomodar. Enquanto isso, as empresas continuam prestando um péssimo serviço e os incomodados que se mudem, como diz o ditado.
Luanda Fernandes

25
fev

O resultado de um bom trabalho

Antes de começar a trabalhar na Talk, já tinha experiência com Assessoria de Imprensa e Jornalismo. Mas foi aqui que aprendi, de fato, a arte de realizar esta profissão. Lembro que quando cheguei aqui, não tinha ninguém que estava em meu lugar e me acompanhou por uns dias para me preparar para o que me esperava.

Mas, também, não era preciso. Aprendi rápido e conquistei a confiança de todos os que trabalharam comigo com a minha dedicação e gentileza em ajudar. De todas as situações que vivi aqui, lembro-me de um dia ir a uma reunião em que o cliente pediu para encerrar o contrato.

Foi a primeira vez que vi isso acontecer e fiquei triste, claro. Mas fiquei ainda mais surpresa com o motivo: o resultando do trabalho estava sendo tão positivo que o cliente não estava conseguindo atender a demanda do retorno para a empresa.

E foi aí que eu entendi que determinadas vezes um contrato encerrado não é feito por desentendimento entre as partes. Foi surpreendente. Mas, de certa forma, não deixou de ser um resultado positivo.

Thalita Guimarães

10
jul

Viva a Thalita

São engraçadas as coisas que vivenciamos na nossa profissão. Em primeiro lugar, para aqueles que pensam que o trabalho de um assessor de imprensa é tranquilo, está muito enganado. Trabalhamos arduamente para estruturar os clientes, elaborar pautas de interesse público e ainda participamos de reuniões, eventos e coquetéis quase que semanalmente.

Mas certas ações compensam qualquer estresse. Tudo começou com a elaboração de uma sugestão de pauta. Depois veio a aprovação do cliente e, finalmente, enviei o material para a imprensa. Quando uma pauteira me ligou falando que iria fazer uma matéria sobre o assunto já fiquei feliz, sentimento que acredito que todos os assessores compartilham. Ao retornar para o veículo de comunicação dizendo que tinha dado tudo certo e que também tinha conseguido, além do meu cliente, outras fontes para compor o material, eis que escuto do outro lado da linha telefônica: “viva a Thalita, viva a Thalita”.

Confesso que fiquei surpresa e tive que rir. Claro que gostei do retorno. Aliás, gostei de toda a ação. No final do dia o saldo foi extremamente positivo: cliente feliz, jornalista feliz e assessora feliz!

Viva a Thalita!

Thalita Guimarães

6
jun

Propaganda sentimental

Faço pós-graduação em Comunicação Institucional na Universidade Tecnológica do Paraná, o velho e bom conhecido CEFET. Apesar de muitas vezes ficar desapontada com alguns comentários da turma sobre nossa profissão (o que mostra inexperiência e falta de visão de mercado), existem algumas coisas que me chamam a atenção.

Uma delas foi o que um professor disse em sala de aula: “No Brasil, os empresários já entenderam que a propaganda que vende mais é aquela que mexe com a emoção. Em outros lugares é o tom cômico e assim por diante”. Depois desta frase comecei a prestar mais atenção nos intervalos dos programas e vi que é a mais pura verdade.

Brasileiro tem aquela coisa do sentimento à flor da pele, da ginga, do sorriso. Talvez por isso mexer com a emoção cause mais impacto. Eu, por exemplo, até hoje pretendo comprar um carro de uma marca só porque a música da propaganda era linda e me fazia sentir bem. Vai entender, né? Para mim, o exemplo mais recente de algo do tipo é a já conhecida campanha da Coca-Cola, chamada “Os bons são a maioria”, que mostro abaixo. Nem sou superfã de refrigerante, mas amei a propaganda e fui ao mercado só para comprar Coca-Cola. Coisa de louco!

Thalita Guimarães

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=nWEgjrvVXUs]

13
mai

Onde e como falar

Hoje resolvi abrir um espaço no nosso blog para publicar um artigo inédito do meu amigo
Francisco Viana, comunicador com quem me orgulho de ter trabalhado e com quem
muito aprendi. Espero que gostem como eu!

Karin Villatore

Onde e como falar

Comunicação é processo e resultado. Acontece, e é muito comum, que o processo errado se desdobre em resultados ruins. Nas situações de crise, por exemplo, é muito comum executivos discutirem temas delicados em restaurantes cheios de gente e, em geral, citando os nomes das empresas, pessoas e detalhes dos casos em foco. Tudo isso é muito ruim. Péssimo, mesmo.

Por quê? As conversas podem ser ouvidas e divulgadas. Chegarem à mídia que, por sua vez, vai apurar e tornar público fatos que as empresas, por razões diversas, gostariam de manter em sigilo. O que se deve fazer? Citar nome de empresas e pessoas, jamais. É de bom tom falar em código. Ou, simplesmente, se omitir os nomes. Partir do princípio de que ninguém é invisível e que todos podem ouvir e retransmitir as conversas.

A mesma precaução deve ser tomada na escolha do restaurante. Nunca lugares públicos, muito frequentados. Sempre lugares discretos, de pouca frequência. Conversa-se melhor, fala-se melhor. Em Brasília, é muito comum os repórteres frequentarem restaurantes de políticos e empresários com o único objeto de capturar informações que transpiram de conversas indiscretas. Em situações de crise, todo cuidado é pouco.

Aliás, esse é um rito que deve ser observado em todas as situações sociais. Quem vive situações delicadas, deve cultivar o sigilo. É muito comum se falar de problemas das companhias com amigos, familiares, namorados. Falar de assuntos sigilosos em festas, reuniões, eventos. Nada disso é correto. Deve-se, inclusive, orientar funcionários para não falar de temas sensíveis fora dos locais e dos momentos apropriados. Faz parte do jogo. É tema de treinamento constante.

Em cidades menores, a indiscrição é uma constante. Precisa ser combatida. Estimula boatos, faz circular informações inconsistentes, golpeia a verdade ou o controle da informação que deve ser o primeiro cuidado de uma empresa em crise. Se o controle é perdido, crises que podem ser controladas se tornam públicas e provocam reações em cadeia. A inexatidão fermenta, problemas menores são amplificados.

O comunicador não deve hesitar, e exigir, que executivos e colaboradores ajam com discrição. E cultivem o sigilo. Faz parte dos códigos não escritos de pertencimento de uma empresa. E, mais do que isso, expressa o comprometimento de cada um e de uma equipe na solução dos problemas. Afinal, é o que interessa: solução. É uma palavra chave nas crises.

Como a paleta de um pintor que não comporta mais do que duas cores, por exemplo, o vermelho e o verde, um e outro devendo cobrir uma superfície para representar uma cena histórica ou uma paisagem. O vermelho é a cor da advertência para não se fazer circular inadvertidamente o que não deve ser dito. O verde é a imprudência. E a cena histórica ou a paisagem corresponde aos processos vividos e que precisam gerar resultados.

Pensar assim é pensar no que dizer e onde dizer. Lugares públicos não devem ser cenário de indiscrições ou conversas imprudentes. São cuidados que não se deve esquecer. São cuidados que precisam passar da teoria à prática permanente.

Francisco Viana, jornalista, comunicador e mestre em filosofia política ( PUC-SP)

28
abr

Um até breve

Depois de dois anos e um mês minha jornada na Talk chega ao fim. Estou feliz. Vou começar tudo de novo, e continuar a minha caminhada cigana. Sem falsa modéstia tenho certeza que aqui aprendi com as melhores o ofício da assessoria de imprensa.  Quando entrei na Talk queria ganhar experiência profissional, adquirir traquejo, essa pegada de agência: vários jobs e clientes ao mesmo tempo, dar o meu máximo. Dever cumprido! Deixo clientes queridos (cuide bem deles, Ana! rs), orgulho dos sucessos  compartilhados , prêmios (somos prata e bronze no Sangue Bom 2010), boas divulgações e ótimas lembranças. Agradeço a Karin pela oportunidade, a Thalita pela paciência, a Fabíola pela parceria nos almoços bem humorados e a todos os colegas da imprensa pelas boas matérias.  Vou sentir saudade! Durante esses anos trabalhei com profissionais excelentes que ganharam minha admiração, parceiros e clientes empreendedores, com visão de comunicação que me fizeram acreditar ainda mais no meu trabalho. Com os clientes ainda aprendi muito, cada um me fazendo conhecer assuntos diferentes, derrubando meus preconceitos. Hoje sei muito mais e meu horizonte expandiu infinitamente. Obrigada a todos! Mas este não é um adeus e, sim, um até breve. Afinal, o Rio de Janeiro é logo ali.

Cristiane Tada

27
abr

Informação que abala

Que a informação é uma arma, todos sabemos. Que o conhecimento é muito importante, mais ainda. O que não se sabe é o que vamos encontrar em informações e histórias quando se trata de grandes tragédias.

Há quatro meses atendemos a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907. É com garra e determinação que abraçamos essa causa, pois estamos lutando por justiça e para que os dois pilotos norte-americanos, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, sejam punidos e suas licenças para pilotar sejam cassadas.

Nesta semana fiquei encarregada de levantar a história das vítimas do Voo 1907 (que totalizam 154), confesso que chorei por diversas vezes. Jornalista sempre tem aquela conversa que não devemos nos envolver com o tema, que temos que ser imparciais e tudo mais, mas isso é impossível quando se trata de uma coisa tão próxima e real.

É impossível reagir friamente com alguém dizendo que hoje consegue sentir saudade sem dor, mas que levou muito tempo pra isso. É difícil ser imparcial com histórias de quem perdeu o pai uma semana antes do acidente e o marido morreu na tragédia. Mais complicado ainda é não se emocionar ouvindo os planos que todas essas famílias tinham para o futuro. Sabe aqueles planos que você faz com a sua família? Pois é, os sonhos dessas pessoas foram interrompidos por um acidente sobre o qual eles não tiveram nenhuma responsabilidade. Sonhos de ter um pai presente, sonhos de casar, de dar a volta ao mundo de bicicleta, de aproveitar a vida… Volto a dizer, é impossível não abraçar a causa diante de informações como essas, que chocam e abalam.

Fabíola Cottet

 

12
abr

Notícias de Nova Iorque – Parte 1

Quando eu trabalhava na Volvo Car eram comuns as viagens ao exterior para acompanhar grupos de jornalistas que testavam carros, reuniões mundiais com as Assessorias de Imprensa da empresa, encontros de aproximação com a imprensa dos outros países do Mercosul e visitas às feiras de automóveis da Europa. Tudo absurdamente bem organizado, como é típico dos suecos. 
Fazia alguns anos que eu não viajava para fora do Brasil a trabalho. No final de março quebrei o jejum de um jeito bem intenso.
Desde janeiro atendemos a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907. Para quem não lembra, foi aquela tragédia da Gol que aconteceu em 2006 e que foi causada pela imperícia de dois norte-americanos que pilotavam um jato Legacy. O nome deles: Jan Paul Paladino e Joseph Lepore. Todas as 154 pessoas que estavam no Boeing da Gol morreram. O que aconteceu com Paladino e Lepore? Nada! Aliás, eles voltaram irregularmente para os Estados Unidos, nunca foram presos e são pilotos até hoje, um na American Airlines e outro ainda trabalhando com o Legacy.
Até o dia 25 de março, uma sexta-feira, o primeiro interrogatório com Paladino e Lepore estava agendado para acontecer na Embaixada Brasileira em Washington, capital dos Estados Unidos, nos dias 30 (quarta-feira) e 31 (quinta-feira) de março. Sim, desde 2006 eles nunca tinham sido interrogados. Até então, estava previsto que eu iria acompanhar a audiência de Brasília, por meio de uma videoconferência, e teríamos uma equipe fazendo uma vigília em Washington. No final da tarde daquela sexta-feira veio a notícia: o interrogatório tinha sido transferido para Nova Iorque, mais precisamente para Long Island, cidade na qual vivem Paladino e Lepore. Ou seja, a audiência aconteceria no “quintal” dos pilotos. Mudei rapidamente minhas passagens. Domingo embarquei para Nova Iorque.

Karin Villatore

25
mar

Entrega Carta Aberta agradecendo e pedindo apoio à Presidenta Dilma Rousseff

Neste mês, por meio de um trabalho realizado para a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, nossa equipe entregou, por meio da Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma Carta Aberta à Presidenta Dilma Rousseff agradecendo o apoio que a entidade recebeu até agora e pedindo que ela continue na luta pela punição dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. O caso ocorreu em 2006, quando o jato Legacy chocou-se com o Boieng da Gol, fazendo 154 vítimas.

Os familiares pedem uma punição efetiva por parte da justiça, tanto na sentença, pedindo a pena máxima para os pilotos, como suas demissões e também cassando suas licenças para pilotar, pois ambos continuam trabalhando nos Estados Unidos na American Airlines e ExcelAire.  Além dos pedidos, a Carta deixa a governante do país informada sobre o andamento do processo, fala do Acordo de Cooperação Jurídica entre o Brasil e os Estados Unidos, cita os documentos que comprovam a culpa dos pilotos do jato Legacy e manifesta abertamente a indignação dos familiares e amigos das vítimas do acidente com a falta de punição dos pilotos até agora.

No link http://www.associacaovoo1907.com/?l=not&id=119 veja a íntegra da carta aberta entregue à Presidenta Dilma Rousseff.

Karin Villatore

21
fev

Sobre justiça e esperança

Há dois meses estamos fazendo a divulgação das ações da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907. Esse caso foi destaque internacional em 2006 e ensaiou uma crise diplomática entre Brasil e EUA. Um jato Legacy americano bateu em um avião da Gol e matou 154 passageiros. Estamos trabalhando para que os pilotos e a empresa responsável pelo jato não fiquem impunes, uma vez que provas apresentadas à Justiça Federal comprovam a negligência e imperícia dos dois. Só agora  a audiência foi marcada para ouvir a versão dos pilotos. Injustiça é uma coisa que, mesmo que a gente assista todos os dias no Brasil, a gente não pode se acostumar. Afinal , a capacidade de nos indignarmos é característica importante que nos faz humanos, não é?
O assunto é polêmico. Por isso todo o mundo se envolve um pouco. Mas verdade seja dita: como é difícil falar de assuntos tristes. Boas notícias são fáceis de emplacar, mas  falar sobre tragédia…
A imprensa constantemente é acusada de sensacionalismo, de morbidez ao pautar os assuntos. Mas passados cinco anos é necessária uma estratégia para conseguir certo barulho para que o caso volte à tona. Tudo isso para que a imprensa cobre o mínimo das autoridades competentes: um julgamento. Morreram 154 passageiros no fatídico acidente, mas quantos familiares e amigos perderam a paz? Quantas pessoas terão dizimadas todas as esperanças na vida ou em tudo que faz ela valer a pena caso tudo termine na pizza nossa de cada dia? Na verdade seremos 190 milhões de vítimas. Participem também do movimento em prol de justiça participando do abaixo-assinado disponível no site  www.190milhoesdevitimas.com.br

Cristiane Tada