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Tolerância zero

Sempre comento que nasci na época certa. Atualmente posso tudo. Posso falar o que quiser, sou livre para pensar e criar, vestir o que bem entender etc. Mas daí algumas cenas me fazem questionar se é isso mesmo. Uma delas foi exibida na semana passada no programa da Rede Globo: Profissão Repórter.
A repórter Gabriela Lian foi empurrada e chutada pelo padeiro Nilton Cesar Rodrigues Silva durante a Parada Gay no domingo, 26 de junho. A agressão aconteceu por volta de 19h30 na Praça da República, centro de São Paulo, quando a repórter registrava cenas do final da manifestação. A atitude violenta do padeiro revoltou alguns manifestantes e houve um princípio de tumulto, que foi rapidamente controlado pela guarda civil. Gabriela, o agressor e duas testemunhas foram levados ao 3.º DP de São Paulo. Ao ser questionado pela repórter sobre o motivo da agressão, que Cesar disse que foi feita pela esposa dele e não por ele, o padeiro disse: “achei que você estava com outra mulher”.
E daí se ela estivesse? Porque ele ou qualquer pessoa se acha no direito de se meter na vida alheia? Não sou gay nem nada disso. Mas acho que cada um tem o direito de ser o que quer, fazer o que quer e se expressar da maneira que bem entender, desde que não prejudique ninguém, não vejo o menor problema.
Reformulando: nasci na época da tolerância zero. Tudo é permitido, até alguém implicar com isso.

Thalita Guimarães

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