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out

Brasileiro gosta mesmo é de rivalidade, né?!

O brasileiro é um povo esquisito, chato (desculpem por generalizar tanto). Quando o assunto é futebol, religião e, a cada dois anos, política, prepare-se pois, como diriam na minha cidade, a pequena Tuneiras do Oeste, no interior do Paraná, “o coro vai cume na casa do Noca”. Nas redes sociais é praticamente impossível se manifestar ou debater esses temas (e especialmente a política nesse período) em um bom nível e sem encontrar inúmeros exemplos de intolerância, ignorância e porque não, burrice!

O meu time e a história dele são superiores a qualquer um, ninguém chega aos pés do meu ídolo, minha torcida é a melhor e fazer piada com o nosso mascote é desrespeito. O rival? Só uma palavra pra ele: “#$%&_)@”!

Os ideais pregados pela minha religião são soberanos, são bons para o mundo, deveriam ser seguidos por todos. Já o que prega aquela outra religião ali, credo, Deus me livre, é melhor ser ateu. Minha religião é a melhor. E quanto àquela outra: “#$%&_)@”!

rivalidade

Contra aquele candidato que não me agrada e eu nem sei o motivo, vale tudo, até mentiras e boatos sem fundamento. Contra o meu candidato, ahhhhh, não. Aí não pode ser leviano, não é permitido falar algo que não se prova. Meu candidato é o melhor, é mais bem preparado para o país, mais inteligente e mais bonitinho. Sabe o que eu falo para aquele outro, o adversário? “#$%&_)@”!

No momento que vivemos impressiona a cabeça fechada e a intolerância das pessoas nas redes sociais. Falando especialmente de política, impressiona a forma como as pessoas lidam com posições diferentes. A impressão que dá é que se um grupo de pessoas com posições contrárias se encontrassem nas ruas, haveria uma briga épica que duraria 5 dias e 5 noites. Impressiona a forma como as pessoas embarcam em qualquer boato e compartilham qualquer bobagem (desde que seja contra o candidato rival).

Parece que o certo é definir um lado e a partir disso ignorar ou ofender ao máximo o lado oposto. Não importa se há propostas interessantes do outro lado, não interessa se há algo positivo no “rival”. Afinal, ele é um “rival”, como aquele do futebol, não é?!

E você aí, me respeite; isso é uma democracia; abra o olho… e não ouse discordar de mim!

Lucas Reis

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