Arquivos da categoria: Trânsito

25
mar

Por segurança, melhor voltar de táxi. Será?

Com a Lei Seca ainda mais rígida, muitas pessoas têm preferido pegar um táxi a se arriscar a cair em uma blitz. Concordo plenamente que beber e dirigir é uma combinação extremamente perigosa. Por isso, acho ótima esta legislação. Mas o que fazer quando não há uma alternativa mais segura?

Explico: fui a um casamento neste fim de semana e, por segurança, eu e meu marido optamos por ir e voltar de táxi. Confesso que só bebi uma taça de vinho (até porque estou tomando remédios). Enfim. Pegamos um táxi na volta que mais parecia um louco, furando todos os sinais vermelhos e supernervosinho. Meu marido perguntou: “você não está vendo que os sinais estão vermelhos?”. Quando o sem vergonha do motorista me responde: “eu não paro em sinais vermelhos”. Começou uma breve discussão e, por sorte, o local da festa não era tão longe de nossa casa e chegamos em segurança.

Diante do cenário, questiono: não teria sido mais seguro eu mesma voltar dirigindo, uma vez que não passei de uma taça do vinho, do que ter que colocar a minha vida diante de um motorista que tem a cara de pau de dizer que não para em sinal vermelho? E quando digo não para é não para mesmo, nem uma simples redução para ver se outro veículo está vindo.

Fica aí uma grande questão.

Thalita Guimarães

15
jul

Mobilidade Urbana

Muito se fala sobre mobilidade urbana, que é uma das soluções para melhorar as condições do trânsito das cidades e integrar maneiras de poluir menos o meio ambiente. Para esclarecer a expressão significa que uma pessoa tem a capacidade de se deslocar no espaço urbano para a realização das atividades cotidianas em tempo ideal, de maneira confortável e segura. Olhando dessa maneira isso é um paradigma na nossa realidade, pois nos grandes centros nenhum dos três requisitos sequer chega perto de acontecer. Então, questiono a falta de políticas públicas que realmente façam algum efeito em nossa rotina – infelizmente não recordo de nenhuma.

De fato, o que acontece na prática está muito longe do discurso afamado que recebemos dos nossos representantes de governo. Até o momento não consigo visualizar nenhum projeto adotado em nosso país que realmente funcione e incentive as pessoas a procurarem transportes alternativos.

Mas quando se trata de mobilidade a primeira solução que me vem à mente é a bicicleta. Considerando que moro em Curitiba e a cidade de modo geral é plana, o recurso mais simples e viável seria investir em projetos que incentivassem o uso desse meio de transporte. Porém, não é o que acontece aqui e no restante do Brasil. Poucas são as cidades que possuem ciclo faixas exclusivas para ciclistas. E nesse caso não estou fazendo referência às cliclovias, pois também temos outro problema: o do ciclista ter que disputar espaço com o pedestre. Desta forma, acaba optando pela rua mesmo.

Então, como estimular alguém a deixar de usar o carro ou ônibus coletivo, desafogando o transporte público e o trânsito? A questão na realidade não é como e sim o que fazer. A primeira opção seria o desenvolvimento de um projeto consistente de mobilidade urbana, readequando o sistema viário e o de transporte urbano. A segunda solução está na criação de ciclo faixas para incentivar os ciclistas de final de semana a também utilizarem a bicicleta durante a semana, afinal são poucos que se arriscam em meio ao trânsito do dia a dia.

Porém, enquanto isso não acontece continuamos a ver as cidades crescendo demasiadamente e, com isso, o número de carros nas ruas aumentando e a quantidade de pessoas dependendo de ônibus coletivo também. Além disso, os níveis de poluição das grandes capitais continuam altos e tendem a aumentar se nada for feito.

Luanda Fernandes

30
jun

E o trânsito continua lento

Enquanto vinha trabalhar hoje e estava parada no trânsito – com essa chuva todos saem de casa de carro e os congestionamentos são inevitáveis – comecei a notar como as pessoas ficam irritadas e apressadas para chegar ao seu destino. Como não tinha muito que fazer nessa situação fiquei observando esse comportamento coletivo e que, se pararmos para avaliar, não faz sentido. Pois sempre tem aquele mais estressado que começa a buzinar primeiro e o outro que ofende o motorista ao lado. Enfim, o caos está instalado e não adianta o trânsito continua parado, parece uma sucessão de acontecimentos e um motorista começa a imitar o outro, como se o gesto de acionar a buzina ou xingar fizesse com que os carros da frente simplesmente desaparecessem.

De fato isso não acontece e, no final, continuamos parados em uma indignação coletiva, sabe-se lá com quem: poder público que não investe em ações que diminuam os congestionamentos, excesso de carros ou aqueles condutores que – na nossa própria concepção de rapidez – demoram mais do que o normal para seguir em frente.

É claro que não é somente em dias de chuva que isso acontece, mas quando o clima está assim essa situação sempre é agravada. E quando me refiro a gravidade não estou falando somente do comportamento alheio, mas na facilidade com que acontecem os acidentes. Além de irritadas, as pessoas parecem ficar mais distraídas e são nesses momentos que acontecem as tragédias. Em muitos casos poderíamos evitar esses acontecimentos se tivéssemos atitudes simples e mais racionais no trânsito, como praticar a educação e a cortesia, que não custa nada. Pois, melhor que chegar cedo ao destino é conseguir chegar nele com vida. O trânsito faz muitas vítimas todos os anos e motoristas conscientes conseguem evitar, pelo menos, uma parcela dessas fatalidades.

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Acho que esse vídeo reflete exatamente a atitude de muitos no trânsito, vale a reflexão.

Luanda Fernandes