Arquivo mensais:agosto 2013

29
ago

Saúde é o que interessa?

Image Não sou da área da saúde, mas sei que doente precisa de médico. Os médicos nos dizem para não tomarmos remédio sem que eles mandem; para não fazermos exercícios sem que eles nos avaliem; para não usarmos fórmulas caseiras para tratar doenças, mas procurá-los; não nos deixam fazer nenhum exame, sem que nos autorizem. É assim porque eles entendem todas as coisas sobre nossos corpos e sobre os remédios, exames e tratamentos. E nós não entendemos nada disso. Nós batemos às portas deles, porém, só podemos entrar se tivermos dinheiro. E não pouco. Muito dinheiro. Porque os médicos estudaram muito para ter esse conhecimento, foram muitos anos de esforço e investimento que precisam ser recompensados. E o trabalho deles vale muito dinheiro, não pode ser feito por pouco.

O pagamento precisa ser em forma de casas grandes, bonitas e super confortáveis, na cidade, na praia e no campo, carros importados, viagens internacionais, roupas de marcas importantes, joias, restaurantes finos e, naturalmente, escolas e faculdades da melhor qualidade para os filhos e os melhores planos de saúde para toda família. Bem, quem não quer isso? Eu também quero. Mas não fiz Medicina, fiz Jornalismo, então azar meu. Azar meu?

Sabemos que há muitos médicos abnegados que trabalham para atender os pobres ou os que não podem pagar tanto. Eu conheço um. Só que esses muitos são poucos. Há muito mais doentes do que eles podem atender porque a maioria dos colegas dos abnegados não quer atender quem não pode pagar bem. E é assim. Como diz a minha mãe, quem gosta de pobre é Jesus. Enquanto isso, o Brasil segue se horrorizando com uma médica do Paraná que, segundo acusam, dava um jeito para que os pacientes do SUS, internados na UTI, morressem. Já nem se fala mais tanto nisso, para que? A tal doutora não fazia nada mais do que todo o sistema de saúde faz: quem pode pagar, vive. Quem não pode, morre. Simples assim.

Letícia Ferreira

26
ago

Os meus, os seus, os nossos

untitled Vocês já pararam para pensar no bem danado que fazem as diferenças? Eu já. Este ano tem sido um desafio para mim (sei que para muita gente também) e estou aprendendo, cada vez mais, que a soma dos diferentes pode dar um resultado muito mais positivo do que se imagina.

Pego como exemplo a Talk. Aqui temos uma ateia, uma evangélica, uma católica e uma católica-espírita. O resultado disso? Muito amor, respeito e risadas. Aqui não tem problema cada um ser uma coisa, pensar diferente ou gostar de cor-de-rosa. O que importa é o que fazemos umas pelas outras.

E não é só coisa boa não. Porque os arranca-rabos também acontecem aqui. Mas, acima de qualquer coisa, existe a união, a solidariedade e a ajuda, independentemente da raça, religião ou predileção. E isso não é o máximo? Sem as talkers, minha vida seria um tanto quanto mais complicada e solitária.

Sim, este texto é uma homenagem a elas, que tanto bem me fazem e que me ajudam diariamente a atravessar pelos desafios impostos, sabendo que sempre posso contar com elas.

E viva as diferenças. Por que onde o respeito existe, o bem sempre prevalece!

Thalita Guimarães

23
ago

Cartilha de Redação Web

Confesso que nem sei se foi feita uma nova versão, mas a Cartilha de Redação Web produzida pelo governo em abril de 2010 já é pra lá de boa. Se você nunca viu, vale demais conhecer. Se não leu, quem sabe a chuva e o frio anunciados para este final de semana animem você para uma nova olhada.

Beijos,

Karin Villatore

http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/padroes-brasil-e-gov/cartilha-de-redacao-web

20
ago

Cliente tem sempre razão. Será?

Reclamação_Web Já dizia a máxima que o cliente tem sempre razão mas, como consumidora, discordo plenamente. Não porque eu julgue que a frase esteja incorreta, mas pelo fato de que a maioria das empresas não leva esse lema em consideração. Para as corporações, acho que a sentença se encaixaria melhor se fosse assim: o cliente tem sempre razão, desde que não questione a maneira de atendimento.

É fácil ver como muitas empresas não respeitam ou nem sequer estão interessados em ouvir as queixas dos consumidores. Do contrário, as redes sociais e os sites de reclamação não estariam cheios de depoimentos indignados. Não sou do tipo de consumidora que já sai descascando a empresa no Facebook, por exemplo, mas em muitos casos esse tipo de exposição é bem merecida.

As empresas não sabem lidar com os consumidores, ainda não aprenderam a ouvir as queixas e tentar melhorar a prática de relacionamento. Simplesmente ignoram problemas que, muitas vezes, são simples de resolver. Como exemplo, as operadoras de telefonia que travam uma guerra para conquistar clientes da concorrência mas, quando conseguem, nem ao menos fidelizam esses consumidores para que continuem na companhia. Então, do que valeu todo o esforço, se a empresa ganhou mais um cliente insatisfeito?

Parece que o lema adotado é conquistar números e não fidelizar pessoas. Isso sem mencionar outros tipos de prestadoras de serviço, que disponibilizam um serviço tão ruim quanto das empresas de telefonia.

Essa é uma prática muito equivocada e parte da culpa pelas empresas abusarem e ignorem as leis de consumo é nossa: os consumidores. O brasileiro ainda prefere não reclamar a ter que se incomodar. Enquanto isso, as empresas continuam prestando um péssimo serviço e os incomodados que se mudem, como diz o ditado.
Luanda Fernandes

13
ago

Sou feia, mas sou feliz

beth-a-feia Há algum tempo, assisti a um programa de TV sobre dismorfismo corporal ou dismorfofobia, um transtorno mental em que a pessoa vê uma imagem distorcida de si mesma ou se preocupa de forma patológica com características físicas reais ou imaginárias. Uma moça que tinha esse problema se achava tão feia – e, ao menos no meu julgamento, não era – que tomava banho no escuro. Vendo-a falar, lembrei quando eu sentia coisas semelhantes, lá pelos 18 anos. Não ao ponto de tomar banho no escuro, até porque o risco de cair e ficar ainda mais feia seria algo a considerar, mas me achava horrorosa.

Neste fim de semana, assisti a outro programa em que a apresentadora, na faixa dos 30 anos, alta, magra, loira e linda, se apontava defeitos absolutamente inexistentes. Leu trechos de diários de quando era adolescente, enumerando defeitos, se comparando a outras garotas, sempre mais bonitas, interessantes e inteligentes que ela. Tirando a língua, eram exatamente iguais a trechos dos meus diários na mesma idade.

Hoje, vejo fotos minhas da época e não encontro nada de errado. Por que fazemos isso? Independentemente da cultura, localização geográfica, nível social e educacional, a maioria das mulheres odeia a própria aparência ou, no mínimo, a tolera. E não é “hoje em dia”. Basta um olhar aos instrumentos de tortura com que as damas se muniam nas roupas de baixo, em séculos passados, para saber disso.

Já em outro programa, uma mulher bem gorda dá de ombros quando falam mal do seu queixo triplo. Está muito contente com a vida que leva com o marido e as cinco filhas, todas gordinhas. Marido, não, porque ela não quer se casar no civil e se prender porque nunca se sabe. A paixão pode surgir. E quem é feliz? Louco é quem se acha feio.

Letícia Ferreira

8
ago

As inconstantes mudanças de ser

Eu mudei, você mudou, todos mudamos. Vivemos numa eterna inconstante que no faz ser aquilo que as mudanças da vida nos fazem ser. No geral, vamos acumulando experiências, moldando nossos costumes e nos adaptando para conseguir levar a vida adiante.

Nem sempre é fácil. Tem certas coisas que não podemos controlar. O que nos ajuda é ter fé na vida, ou no amor, ou nas duas coisas juntas. E não adianta nos julgar demais ou julgar os outros. Não sabemos, de fato, o que cada um passa. A verdade é que muitas vezes não sabemos quando fazemos algo errado, ou quando fomos injustos com alguém. Mas sempre podemos avaliar nossas atitudes e melhorá-la.

Da mesma forma que percebo que é muito melhor conversar com o outro, tentar entender o outro e até mesmo deixar pra lá do que bater de frente. São as lições da vida que vou aprendendo. E assim vou “Caminhando e cantando e seguindo a canção…Somos todos iguais braços dados ou não”.

Thalita Guimarães

6
ago

O empresário proativo

Muito se tem falado da necessidade de as empresas e os executivos serem proativos na comunicação. O objetivo é a melhoria do relacionamento entre mídia e empresa, além da proteção dos interesses dessa última.

A hora certa para iniciar um relacionamento com os jornalistas é quando não há problemas. O empresário deve procurar conhecer os jornalistas que cobrem sua área de responsabilidade, descobrir como pode ajudá-los com matérias e conquistar o respeito deles. Ao longo desse processo, será possível ir selecionando quem merece seu respeito.

Para ter opiniões publicadas, é preciso falar. Os repórteres precisam conseguir reportagens. Antecipar-se oferecendo uma entrevista é uma maneira de evitar que o jornalista procure outras fontes ou algum funcionário demitido, por exemplo.

Em situações críticas, parta do princípio de que a mídia deve ser sempre atendida. Por isso é importante já ter um bom grau de confiança com os jornalistas para que o empresário, ou seu assessor de imprensa, possa recebê-lo. Nem sempre, porém, é possível evitar que a má notícia seja publicada. Quando for esse o caso, é importante que o empresário selecione o repórter de sua confiança e divulgue a notícia.

O relacionamento com a imprensa condiz muito com a disponibilidade do porta-voz, além da fundamentação e profundidade das informações concedidas. Mas algumas regras gerais não podem ser esquecidas:
 não deixar o jornalista sem resposta, nem que ela seja “não possuo esta informação agora, mas posso tentar buscá-la”. Caso esta promessa seja feita, cumpra-a;
 tratar o jornalista como um cliente especial. Isso implica em atendê-lo prontamente quando uma solicitação é feita e respeitá-lo;
 lembrar que entrevistas por telefone são habituais, já que as redações estão cada dia mais enxutas e os jornalistas, com cada vez mais matérias para elaborar. Um envio posterior de e-mail com o resumo dos temas abordados durante a entrevista pode garantir que os dados concedidos sejam publicados corretamente;
 não entrar em conflito com o jornalista. O ponto de vista do porta-voz deve ser explicado e defendido, mas sem criar uma má impressão no entrevistador.

Beijos,

Karin Villatore