Arquivo mensais:junho 2012

25
jun

SE-PA-RE

Em tempo de Rio+20 nada melhor do que escrever sobre temas relacionados e que causam impacto direto na nossa vida. Por isso, hoje optei escrever sobre a importância de se reciclar o lixo. Eu sei, parece um tema banal e algo que todo mundo faz. Errado.

Semana passada, eu fui passar alguns dias na casa da minha prima em Buenos Aires, na Argentina. Logo quando fui jogar meu primeiro pedaço de papel fora fico sabendo que lá, infelizmente, não existe a separação do lixo. Minha prima disse que desde que chegou lá (há muito tempo atrás) tenta, por si mesma, separar o lixo em vão, uma vez que o sistema de coleta argentino mistura tudo e não existe nem a intenção de isso mudar. Fiquei pasma.

Desde pequena (tudo bem que minha mãe sempre nos ensinou a cuidar da natureza e a contribuir por um mundo melhor) eu sei que o lixo deve ser separado e entregue para a coleta em dias diferenciados. Lembro até hoje da campanha SE-PA-RE, que passava na televisão e incentivava os curitibanos a incrementar a coleta seletiva do lixo, não misturando o lixo orgânico do reciclável.  Parece uma atitude tão simples e tão mínima que é inacreditável que ainda existam lugares onde isso não é feito.

Sei que, infelizmente, existem lugares miseráveis onde nem podemos cobrar este tipo de ação ainda. Mas, também tenho a certeza que é inadmissível que este tipo de coleta ainda não tenha sido concretizada em muitos lugares, como em Buenos Aires.

Thalita Guimarães

21
jun

Sonhos

Quando somos crianças tudo parece possível: o emprego perfeito, viajar ao redor do mundo, conhecer culturas diferentes, ter dinheiro sobrando, comprar tudo aquilo que você queira, enfim, não há limites para os nossos sonhos. Porém, quando começamos a amadurecer as coisas parecem ficar bem mais difíceis. A responsabilidade se torna a companheira do nosso dia a dia e, com isso, deixamos de cometer pequenas loucuras que tínhamos vontade quando crianças.

Lembro-me da minha infância, eu ansiava pelo futuro e imaginava que quando eu fosse adulta poderia fazer tudo. Doce ilusão. Sempre colocamos diversas prioridades e atividades que achamos importantes na frente. Às vezes, deixamos o tempo passar e nem percebemos. Agora que sou adulta percebo o quanto gostaria de voltar a ser criança e não precisar se preocupar com a conta de luz que vai vencer no final do mês ou com o horário do ônibus que eu não posso perder, e todas as outras responsabilidades da vida adulta. Pois é como era bom ser criança! Acho que o vídeo abaixo me deixou nostálgica:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=IAnzAWt5tCI&feature=player_embedded#!]

Luanda Fernandes 

14
jun

O insustentável peso do ser

Já que o papo agora gira insistentemente nessa onda da sustentabilidade, decidi aderir. Comecei o dia descobrindo que não poderia tomar banho. Pois é, acho que meu xampu e meu sabonete foram testados em animais. Pensei: se não tivessem sido os animais os coitados, seriam quem, crianças miseráveis da África? Enfim, dá-lhe me arrumar para comprar os cosméticos.

Abro o guarda-roupa e procura um vestidinho feito com algodão 100% natural, tingido com casca de árvore reflorestada e feito por índios da tribo Cotoxó. Não tenho. Só algodão 100% natural? Também não tenho. Vestidinho, se der, de algodão? Salve, tenho! E sem essa de sapato que estou sem tempo para procurar, já se passaram 20 minutos e eu ainda nem fiz xixi porque estou segurando para fazer durante o banho.

Como estou descalça, decido ir de bicicleta à farmácia. Atrapalho absolutamente todo mundo no caminho, quase atropelo uns três cachorrinhos (atitude nada sustentável) e consigo, finalmente, comprar meu xampu de açaí com manga e meu sabonete de coco e mugunzá. Mais quatro cachorros quase atropelados na volta e, finalmente, tomo uma ducha. Rápida, que é para não desperdiçar a pouca água que resta no nosso planeta.

Fico sem café da manhã porque não tem nada orgânico na geladeira mas, enquanto escovo os dentes com os dedos e sem pasta (não tenho certeza, mas vai que a pasta foi testada em algum coelhinho?), assisto à TV me sentindo superculpada por gastar a energia e a luz e os raios da Terra.

E eis que aparece um fulano europeu dando uma entrevista sobre sustentabilidade. E ele diz que, mesmo juntando todos os esforços de todas as pessoas do mundo inteiro (pessoas, não empresas), a diferença para a natureza é tão ínfima que praticamente não muda nada. Ele diz que é uma bobagem gigantesca o discurso da sacolinha de pano no supermercado, da pequena atitude que ajuda a preservar, do blá-blá-blá que contaminou a humanidade. Enfim, diz que o que muda mesmo é uma estratégia sustentável de grande porte junto às indústrias e macroprodutores de poluentes e “insustentabilidades” em geral.

Voltei para o chuveiro, lavei o cabelo direito, fiz um demorado xixi na privada, escovei os dentes com pasta e escova, tomei café da manhã, coloquei uma roupa bacana, abasteci o carro com gasolina e fui trabalhar. Ai, que alívio!

 

Beijos,

 

Karin Villatore

 

12
jun

Dia dos Namorados

Hoje comemoramos aqui no Brasil o Dia dos Namorados. Minha inspiração, então, não poderia ser diferente e resolvi usar este blog para fazer uma homenagem ao meu maridão!

Tudo começou há quase oito anos, quando éramos estagiários no mesmo lugar. Desde o primeiro dia que eu o vi, o coração já bateu mais acelerado e eu sabia que algo era diferente quando estava perto dele. Logo engatamos um namoro e não conseguimos mais ficar longe um do outro. Tá, pode até ser meio brega, mas parecia coisa de outro mundo, pois ao lado dele parecia que eu sempre tinha estado.

Depois de 5 anos , resolvemos morar juntos. Morávamos juntos há um ano mais ou menos e decidimos passar o Carnaval 2011 no Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves. Mal sabia eu que durante naquela viagem eu me tornaria uma Thalita diferente. No segundo dia da viagem, no final da tarde, quando voltamos para o hotel, o Luiz Fernando me perguntou se eu não queria dar uma volta e tomar um champagne ao ar livre. Resolvi ir para agradá-lo, mesmo sem vontade.

Sentamos em um banquinho branco embaixo de uma árvore, com uma imagem de Nossa Senhora por perto e, daí assim, do nada, sem me preparar ou dar algum sinal, ele fica de joelho e fala: “eu sei que você achava que eu não queria casar com você, não é isso. Eu só estava esperando o momento certo para te pedir. Thalita, você quer me dar a honra de casar comigo”? Aquele foi um momento mágico. Eu não podia acreditar que aquela cena estava acontecendo. Claro que eu disse sim e eu sabia, ali, naquele momento, que eu seria feliz para sempre. Não importava o que viesse depois, eu já estava realizada.

A partir dali, minha vida mudou para sempre. Eu sabia que tudo mudaria, só não tinha ideia que seria para ainda melhor. Hoje estamos casados já faz sete meses e todos os dias eu falo para meu maridão o quanto ele é importante para mim, o quanto o seu pedido de casamento me tornou a mulher mais feliz do mundo e o quando sou realizada ao lado dele.

Se existe a história do felizes para sempre? Ah, existe, tenho certeza de que serei a prova concreta disso!

Thalita Guimarães

6
jun

Meio ambiente

Às vésperas da Conferência das Nações Unidas (Rio +20) sobre desenvolvimento sustentável, que acontece entre os dias 13 a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, e na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, achei importante abordar o tema neste post. Não sou nenhuma ativista do Greenpeace e muito menos uma vegetariana radical, que luta contra o consumo de carne, mas posso dizer que tento fazer minha parte e contribuir de alguma forma.

Algumas pequenas mudanças na nossa rotina já ajudariam bastante a preservar o planeta, que sofre com o desmatamento, com o aquecimento global e outros tantos problemas que acompanhamos diariamente. Uma coisa que sempre procuro fazer em casa é separar o lixo reciclável do orgânico. Esse é um hábito muito interessante, pois quando alguém joga alguma coisa na lixeira errada o outro já repreende, acaba se tornando algo automático.

Porém, também sei que ainda é possível fazer mais como diminuir o tempo no banho – questão sobre a qual vivo recebendo críticas do meu marido –, diminuir o consumo de energia e de água, não utilizar sacolas plásticas e etc.

Enfim, são pequenos hábitos realizados no dia a dia que podem fazer uma grande diferença para as próximas gerações. Apesar de olharmos a questão ambiental como um problema governamental, esse é um assunto que deve preocupar toda a população. Afinal, nossos atos têm consequências, seja daqui a um, cinco, dez ou 50 anos. A animação abaixo mostra exatamente isso. Vale a pena conferir!

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=sinkyPZ6CAI&feature=fvwrel]

Luanda Fernandes

4
jun

Ghost Writer

Em uma agência que trabalhei em São Paulo tínhamos o hábito de, toda sexta-feira à tarde, sentar por uma ou duas horas para discutir questões gerais ligadas à comunicação. Às vezes profissionais eram convidados para palestras e, na maioria das situações, a equipe interna é quem dava o tom das discussões. Lembro de um debate que tivemos sobre como tínhamos que, de uma certa forma, incorporar a linguagem de cada um dos clientes.

Seria algo como, grosso modo, você ir a uma região e começar a falar com o sotaque local. E na reunião lá da agência concluímos que nossa capacidade quase camaleônica de adaptação representava, em muitos casos, o sucesso do trabalho. Veja lá você que, de repente, não trabalha em uma agência de comunicação como a nossa: um jornalista ou um relações públicas atende dois, três, quatro empresas ao mesmo tempo. Cada uma de um setor, com seus termos técnicos, seus padrões de vestimentas corporativas, suas normas, seus tabus, sua cultura. E aí você se torna a pessoa que vai escrever os textos em nome dos representantes dessa corporação, falar com os jornalistas (e, consequemente, com a opinião pública) sobre as questões próprias desta empresa, zelar por sua imagem.

Para escrever um artigo de opinião, por exemplo, é muito comum sermos o ghost writers. Temos, então, que tentar puxar pela memória quais são os termos mais comuns que a pessoa que está assinando o texto usa, de que forma ela costuma se expressar, como ela faria este ou aquele argumento. É como se fôssemos meio atores nesta representação linguística. Um exercício bem desafiador, mas que dá um tom sempre bacana e estimulante ao nosso trabalho. Já tinha pensado nisso?

Karin Villatore

1
jun

Concurso brega-romântico-cultural

Estamos aqui na Talk, propondo no nosso Facebook um concurso brega-romântico-cultural. Desde a semana passada estamos postando uma seleção de hits que a equipe aqui da Talk considera o must do amor. Até o fatídico dia 12 de junho, o post mais curtido será eleito o Love Talk 2012. Está sendo muito engraçado relembrar de músicas, clipes e dar risada pensando que sim, ser romântico muitas vezes é cair no ridículo e gostar disso. Eu e meu marido somos românticos convictos e, apesar de estarmos casados, comemoramos o Dia dos Namorados. Sim, porque seremos eternos namoridos.

Este ano, inspirada pelas mil ideias da Talk, eu resolvi verificar quando nasceu esta data. O Dia dos Namorados, também conhecido como o Dia de São Valentim em muitos lugares do mundo, é uma data na qual se celebra a união amorosa entre casais. No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho. Em Portugal também acontecia o mesmo até poucos anos, mas atualmente é mais comum a data ser celebrada em 14 de fevereiro, igual à celebração norte-americana.

A história do Dia de São Valentim mostra que o bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes. Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta. Valentim foi preso e condenado à morte. Na prisão, recebia de jovens flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Além disso, enquanto aguardava o cumprimento da sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, por milagre, devolveu-lhe a visão. Por fim, antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado”. Assim, a data de sua morte (14 de fevereiro) ficou famosa e se tornou o Dia dos Namorados.

Já no Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho por ser véspera do dia 13 de junho, Dia de Santo Antônio, santo português com tradição de casamenteiro. E olha a coincidência. Exatamente um ano antes de me casar fui à missa e comi o bolo de Santo Antônio. Na minha fatia tinha um santinho (a tradição acredita que quem come a fatia que possui o santo vai se casar). Não é que deu certo? rsrsrsrsrs

Thalita Guimarães