Arquivo mensais:julho 2010

30
jul

Na Cinemateca

Sábado passado resolvi ir até a Cinemateca para assistir a um filme que queria ver há tempos: O que Resta do Tempo, do cineasta e ator Elia Suleiman. O filme é uma visão bem-humorada do conflito no Oriente Médio. Através de quatro recortes temporais o cineasta usa o cotidiano da própria família para retratar a convivência de guerra entre palestinos e israelenses. Com pitadas de surrealismo e intertextos da cultura pop (como a cena de um jovem palestino alheio à guerra assobiado a música tema do filme O Poderoso Chefão) o filme, com assunto pesado, fica leve e tem algumas passagens realmente muito engraçadas. Para quem não gosta de histórias únicas é um excelente ponto de vista diferente do que se espera sobre o assunto. Suleiman não faz julgamentos e apresenta uma tragicomédia interessante sobre sua própria história. Enfim, um ótimo filme. Pena que só eu e mais três pessoas vimos. Eu acho uma judiação. As pessoas reclamam da falta de opções de diversão de baixo custo e de políticas de cultura na cidade, mas também não prestigiam. Será falta de divulgação? Fica a dica. A preços irrisórios (R$5,00 sábado e R$1,00 domingo) a Cinemateca de Curitiba exibe filmes que não deixam nada a dever a nenhum Cinemark.
Cristiane Tada

29
jul

Briga de torcidas

Na linha “não vi, mas disseram que é bom”, adorei a história contada pelo meu pai e pelo meu filho, que foram assistir a um jogo no Maracanã, no Rio de Janeiro, nestas férias de julho. Na disputa do Campeonato Brasileiro, estavam em campo o Flamengo e o Botafogo, duas equipes locais (informação importante para pessoas como eu, perdidas em futebol).

As torcidas eram divididas da seguinte forma: de um lado, os flamenguistas; do outro, os botafoguenses; no meio, quem torcia para qualquer um dos dois times. E foi neste meio que meu pai e meu filho ficaram.

Contaram que eram casais e amigos que torciam cada um para um time, gente que não torcia para nenhum dos dois times, e muitos turistas estrangeiros que estavam lá para conhecer o Maracanã. E todo mundo torcia muito e fazia questão de tirar sarro do colega que era fã do time rival. Tudo no maior alto astral.

Quer lição melhor do que essa para briga em estádio de futebol? Eu não consigo imaginar uma melhor.

Karin Villatore

28
jul

Saí da Microsoft para mudar o mundo

Esta semana comecei a ler um livro que me chamou muito a atenção pelo título: “Saí da Microsoft para mudar o mundo”. O livro conta a história de John Wood, um alto executivo na Microsoft que decidiu mudar radicalmente de vida e largou o emprego para ajudar crianças carentes a aprender a ler e escrever. Esta mudança já deu origem a aproximadamente 1.128 escolas, 10 mil bibliotecas, 7,4 milhões de livros distribuídos e 4,1 milhões de crianças beneficiadas.

Não sou uma superativista, mas esta história me fez refletir sobre o que tenho feito para ajudar alguém. Seja minha família, amigos ou até mesmo pessoas de que nunca nem ouvi falar. Daí pensei com meus botões: vou divulgar este livro e, quem sabe, as pessoas se interessem em ajudar a ONG de Wood, chamada “Room to read” (http://www.roomtoread.org ). Já é um começo e, quem sabe, conseguimos fazer com que algumas destas ações sejam voltadas para o Brasil.

Fica aí a dica e, quem sabe, uma inspiração.

Thalita Guimarães

27
jul

Socorro, ficamos sem internet

Estamos cada vez mais reféns da nossa tecnologia. Pensei isso nesta última sexta-feira com a internet péssima. Não consegui fazer quase nada. A pesquisa para o trabalho, o número de telefone do dentista, a programação do fim de semana. É como aquele sonho repetitivo que você está nu no centro da cidade diante de milhares de pessoas. Aquela sensação de despreparo e fragilidade. Como o mundo pode funcionar sem internet?
Liguei e pedi informações. Disseram que o problema foi no Estado todo, previsão para normalidade da rede só no fim da tarde. Catástrofe! Parece exagero, fui procurar o que poderia sem feito. Li o que tinha para ser lido, revi algumas notas, organizei a agenda, limpei a caixa de emails e acabou.
Sem internet não divulgo nem recebo informação nenhuma. Como trabalhamos sem informação, nossa matéria-prima? Sem interação, falta feedback, tem um ruído na comunicação. Vi isso em alguma aula. Defeito no canal. As últimas notícias, o furo, a novidade ameaçada por defeitos técnicos. Até esse post vai ter que entrar com atraso. E pensar que a imprensa já sobreviveu assim…

Cristiane Tada

22
jul

Gerenciamento de crise será um dos temas abordados no 6.º Congresso Paranaense dos Jornalistas

A jornalista Karin Villatore, Diretora da Talk Assessoria de Comunicação, bem como Sulamita Mendes, Especialista em Comunicação Corporativa e Marketing, irão falar sobre gerenciamento de crise durante o 6.º Congresso Paranaense dos Jornalistas. O evento acontece de 6 a 8 de agosto, em Foz do Iguaçu, e tem como temática principal a “Formação superior para um Jornalismo plural e democrático”. Para Karin, abordar as consequências de uma crise para a imagem corporativa ainda é necessário, pois muitos empresários não investem nesta questão. “Muitas empresas ainda são prejudicadas tanto em imagem quanto em seus resultados e lucros devido à falta de planejamento prévio de uma possível crise em comunicação com seus diversos públicos”, comenta.

Na ocasião, as jornalistas irão abordar tópicos citados no manual “Sobreviva à crise – Manual de gerenciamento de crise”, que foi elaborado pelas comunicadoras em 2009. “Este manual foi estruturado para servir de apoio tanto ao profissional de comunicação, como para os empresários. Acreditamos que este é um tema que ainda merece a devida atenção dos profissionais da nossa área”, diz.

21
jul

Campanha para frio

Ainda bem que nos dois últimos dias o tempo melhorou um pouco e saiu até um solzinho. Meio tímido, mas melhor do que o frio de lascar da semana passada. Conversando aqui sobre como voltamos para casa no fim do expediente e nos jogamos embaixo das cobertas, surgiu um questionamento. Imagina não ter uma única manta para se proteger do frio?

Pensando nisso, resolvemos pedir a ajuda de todos que entram no nosso blog para aquecer o inverno de alguém. Não deixa de ser uma oportunidade para fazer aquela limpa no guarda-roupa. Quem quiser, pode doar nas unidades do Frischmann Aisengart / DASA ou trazer as doações até a Talk Comunicação. Ainda se for muito difícil, podemos dar um jeito para passar pegar. O importante é ajudar.
Vamos participar?

Thalita Guimarães

20
jul

Lindsay Lohan vai para cadeia

Estou aprendendo a dirigir e, por isso, cada vez presto mais atenção no trânsito e no modo dos outros motoristas. Um parar em cima da faixa de pedestre é agora um desvio muito grave porque aprendi o quanto é errado. Se uma esquina tem uma placa de pare e o carro em que estou só diminui, se está livre segue em frente, sinto aquele desconforto de criança que aguarda uma repreensão. Não que antes isso não fosse errado, mas agora tem uma dimensão muito maior de responsabilidade. A partir do momento que eu sei que isso é perigoso eu tenho o dever de agir diferente. Isso tudo porque também sempre tive medo do trânsito e prefiro ser “caxias” a me envolver em qualquer tipo de acidente. Logo, eu estou como uma criança aprendendo o que é certo ou errado em um sistema, sendo educada. Li no jornal que hoje a atriz americana Lindsay Lohan vai para a cadeia. Ela violou a liberdade condicional em um processo de abuso de álcool e drogas que iniciou com uma prisão por dirigir embriagada. Alguns amigos meus dirigem embriagados depois da balada, às vezes. Sempre foi um erro aceitável. Talvez porque aqui ninguém vá preso por isso. Talvez porque quando eu era criança não vi nenhum exemplo de pessoa famosa, bacana, que eu gostava ser presa por isso. Talvez, por isso, eu ainda possa ver algum amigo ser protagonista de algo muito pior que a prisão como um acidente grave. Agora isso me parece inadmissível. Feliz da Lindsay Lohan que é jovem e tem uma nova oportunidade de aprender o correto.

Cristiane Tada

19
jul

Ajudar é um ato egoísta

O raciocínio é simples. Você consegue imaginar a Madre Teresa de Calcutá, o
Gandhi ou a Dra. Zilda Arns sentindo um vazio interior ou tomando Prozac? Ou este mesmo grupo apelando para aulas de Yôga, meditação ou acupuntura para se livrar da depressão? Eu não consigo.
O que eles têm que nós não temos? Eles ajudam -ou ajudavam- pessoas. O tempo todo. Não apenas na época do Natal, como a maioria de nós faz.
Todo ano é a mesma coisa. Quando chega a época do Natal, milhares de nós corremos para as lojas de R$ 1,99 e afins procurar brinquedos para doar para entidades beneficentes. E sentimos que estamos com nosso dever cumprido e que conseguimos nos redimir dos pecados que cometemos. O ano vira e o antidepressivo continua na cabeceira da cama.
Vivemos num país que, infelizmente, proporciona uma infinidade de oportunidades de trabalhos voluntários nas mais variadas entidades filantrópicas e ONGs. Empregos não-remunerados de tudo que é tipo. Para quem quer ajudar criança, para quem não quer se envolver demais, para quem quer mergulhar de cabeça, para quem só se sensibiliza com animais em extinção, para quem ama as plantas, para quem quer “adotar” um velhinho, para quem está envolvido com a questão agrária. Todos, sem exceção, com problemas dos mais urgentes e emergenciais.
Independentemente do tipo de engajamento, aos poucos o voluntário vai se curando da depressão, deixa de sentir o tal do vazio interior e sente que é imprescindível. E descobre que, mais do que um ato humanitário, ajudar o próximo é um ato de auto-ajuda. Do altruísmo ao egoísmo.
Quer começar? Descubra o que você pode e gosta de fazer. Procure a entidade que mais se encaixa neste perfil e vá em frente. O sorriso de uma criança, a perpetuação da espécie de um bicho ou uma noite dançando com um idoso em um asilo valerão, com certeza, mais de mil drágeas de Prozac.

Karin Villatore

A Talkcomunicacao faz trabalho voluntário de Assessoria de Imprensa para o Amigos do Hospital de Clínicas – AAHC. Na foto Karin Villatore com a Ex-presidente do AAHC, Maria Eliza Paciornik.

Maria Elisa Ferraz Paciornik e Karin Villatore

16
jul

Queremos neve

Não importa em que lugar a gente esteja. O que todo mundo comenta é sobre o frio na capital paranaense.

Hoje um taxista me contou saudoso de quando viu a neve chegar à capital das Araucárias nos idos de 1975 quando eu ainda nem era nascida. Engraçado que foi a segunda pessoa que se lembra da neve em Curitiba só nesta semana.  Bom, com o clima como está no mundo todo eu não duvido de nada. Mas já pensou? Ia soar como o fim do mundo. Chamada no Jornal Nacional, entrevistas com meteorologistas e professores de universidades explicando o fenômeno.

A impressão que eu tenho é que tudo iria parar tipo em uma versão maior do que acontece durante a Copa do Mundo.

Isso me fez pensar como o clima influencia mesmo a vida das pessoas. Como decide o que fazemos, o que comemos, o quanto dormimos.  E como nos conformamos facilmente. Tá frio? É está terrível. Agora já que está assim podia nevar de novo né…

Cristiane Tada

15
jul

A diferença entre a Assessoria de Imprensa e a Propaganda

É muito comum termos dúvidas sobre a diferença entre Assessoria de Imprensa e Propaganda. A confusão começa na própria universidade, que trata os cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas como partes do grande guarda-chuva acadêmico da Comunicação Social. Para quem não é da área, imagine o exercício mental para não chamar erroneamente todos os profissionais de publicitários.
A Assessoria de Imprensa trabalha com os espaços editoriais dos veículos de comunicação. Ou seja, ela fala com os jornalistas, que publicam as matérias e as reportagens jornalísticas. Já a Propaganda se atém aos espaços comerciais, mais comumente conhecidos como anúncios. E o contato será feito sempre com o departamento comercial do veículo de comunicação.
Com os serviços de Assessoria de Imprensa, as informações publicadas sobre sua empresa serão gratuitas e fruto de uma sugestão enviada à redação, usada de acordo com o interesse do jornalista e do espaço disponível. Como tudo vem em forma de sugestão e sem nenhum acordo comercial, você jamais poderá saber com antecedência que resultados seu investimento em Assessoria de Imprensa trará. Já na Propaganda, você define o espaço, o dia e o conteúdo. E paga por isso.
Um bom Assessor de Imprensa é aquele que, entre outras habilidades, consegue estabelecer um relacionamento estreito com os jornalistas de redação para que a sugestão dos temas (chamados no jargão jornalístico de pautas) enviados se transformem em notícia publicada.
Normalmente as pessoas acreditam mais em uma matéria jornalística do que em um anúncio. A maioria da opinião pública sabe que, se é um anúncio, foi pago e pode ter as informações elogiosas que o pagante quiser colocar. Já no caso da notícia, publicada por um jornalista isento, a credibilidade recai principalmente sobre esta imparcialidade. Por este motivo, um resultado de Assessoria de Imprensa tende a ter um impacto mais forte na imagem da empresa.  Mas isso não quer dizer, de forma alguma, que a Propaganda seja dispensável.
Por fim, é bom sempre lembrar que um bom Marketing é feito pelas variadas e eficazes ferramentas disponíveis hoje no mercado. Assessoria de Imprensa e Propaganda são apenas duas delas. É só pesquisar, investir e, depois, comemorar os resultados.